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Sororidade

A discussão sobre o papel social da mulher se baseia em comportamentos que a mulher tem, a origem e principalmente a justificação destes comportamentos.

Sororidade é a relação de união, de afeição ou de amizade entre mulheres, semelhante à que idealmente haveria entre irmãs.

No mês de março se comemora o dia internacional da mulher. E eu como mulher, feminista e universitária, não poderia deixar passar em branco este tema.

Creio que o tema é cabível à proposta da coluna não apenas por a mesma ser escrita por uma mulher, mas principalmente por que dentro de uma universidade é onde se aprofunda o senso crítico e o tema de pertencer ao mundo de um jeito individual e produtivo, ou seja, de encontrar um papel dentro da sociedade que lhe cerca.

O dia internacional da mulher não foi criado com o intuito de se dar flores e chocolates para sua mãe, esposa ou filha. Esse dia foi criado com o objetivo de, pelo menos, uma vez por ano se refletir o que é ser mulher. Ou seja, discutir sobre qual é o papel social da mulher e porque este foi estabelecido daquela maneira. Com isso fica claro a frase “Não se nasce mulher, torna-se”. Hoje o movimento feminista está empenhado na discussão sobre o papel social da mulher e sua problematização e sobre o aborto.

A discussão sobre o papel social da mulher se baseia em comportamentos que a mulher tem, a origem e principalmente a justificação desses comportamentos. Ou seja, questionar se esses comportamentos são naturais do sexo feminino ou se são criados e impostos pela sociedade no geral e quais os motivos desta imposição. Já em relação ao aborto a discussão se fundamenta na liberdade que a mulher tem sobre o próprio corpo e se justifica na analise de abandono paterno e o atual papel masculino na criação de um filho.

A discussão sobre feminismo e seus temas é muito mais extensa e complexa, fazendo com que um texto de duas mil e quinhentas palavras sejam insuficientes para tratar do assunto como o mesmo merece e da maneira correta.

Por isso escrevo esse texto para fazer um pedido. Se você for universitário, aproveite ao máximo esta experiência para estudar e se aprofundar em temas que discutem papéis sociais, pois você está no lugar que respira temas como estes e envolto de pessoas que também procuram o seu papel na sociedade. Se você não for, estude. Não precisa necessariamente se intitular feminista, mas estude a história da mulher na sociedade e tente ser o mais revolucionário possível. Seja revolucionário ao estudar, ao ir nas ruas protestar, debatendo ou amando a mulher que está ao seu lado em sua completude. Respeitando seu corpo e entendendo sua situação social imposta apenas por ser mulher, incentive-a a se libertar, seja rompendo totalmente com os padrões ou repetindo-os, mas com consciência dos mesmos e tendo a escolha de repeti-los. Sou grata por todas as mulheres que me cercam, sejam elas amigas, familiares, colegas de trabalho ou namorada.

Mulheres, continuemos na luta. Juntas. Sororidade!

Beatriz Alves Ensinas é Estudante de Direito na PUC-SP, estagiando na área e em São Caetano do Sul, São Paulo. Depois de três anos contribuindo na coluna “De adolescente para adolescente”, iniciada por ela e depois tendo a parceria de Bruno Sales, a partir de agora ela é responsável pela coluna “De Universitário para Universitário”.
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