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Sobre fazer mais do mesmo e a má vontade

A má vontade promove todo e qualquer evento que atrapalha a convivência em sociedade e caracteriza-se pela permanente entrega do mais do mesmo sem qualquer perspectiva de mudança.

Pesquisar, inovar, desenvolver e educar: são ações que demandam grandes esforços coletivos e que interconectam atividades complexas capazes de promover valores sociais. Elas necessitam de pessoas com posições marcantes e exemplares; ambas, positivas e replicáveis por meio de traços de personalidade que cativam e disciplinam.

Quando essas ações não ocorrem, infelizmente, há a correlação imediata com a falta de pessoas que trazem a natureza comportamental descrita anteriormente. Acredito que elas podem ser capacitadas, contudo, existe um algo a mais que pode vir desde os primeiros anos de vida e que é passível de correção: a má vontade.

A má vontade alimenta-se do não servir ao outro. Ela promove todo e qualquer evento que atrapalha a convivência em sociedade: caracteriza-se pela permanente entrega do mais do mesmo sem qualquer perspectiva de mudança. Quais exemplos você indica em que ela se faz presente? Tomo a liberdade de trazer três deles.

A cidade de São Paulo conta com um eficiente serviço de cobrança de multas aos condutores de veículos motorizados. Ela poderia educar e premiar todos aqueles que seguem as boas condutas. Poderia também mostrar todos os investimentos feitos com os valores arrecadados. A realidade que aí está é vergonhosa.

Durante os trabalhos realizados por meio da governança escolar pude conviver com professores que insistem em manter a mesma aula e o mesmo sistema de avaliação há mais de 20 anos. A má vontade docente pode desencadear a descrença de diversos sonhos! Esta consciência é treinável; a escola também precisa querer isto.

Por fim, chamo a atenção ao exemplo policial. Conheço policiais educados e que exemplificam a boa conduta ao seguir as regras de transito, por exemplo. Mas há aqueles que simplesmente largam a viatura em frente a uma escola: sobre o acesso ao deficiente físico e em cima da faixa de pedestre durante a saída das crianças.

Acredito que para querer ser e fazer diferente são necessários – inicialmente – gestos de atenção e de generosidade a si e ao outro. Aos poucos, novas visões positivas de mundo são criadas e adaptadas por meio da boa vontade vinda do coração; esta, repleta de êxitos pessoais e sociais.

Leandro Alves da Silva é Gerente de Desenvolvimento Humano Organizacional na First Peopleware e atua desde 2011 em Coaching-Mentoring-Counseling, palestras e treinamentos customizados. Doutor em Educação pela FEUSP e Master Coach pelo BCI.
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