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Sobre a habilidade de não carregarmos tanto peso

A escolha daquilo que levamos é uma habilidade e tanto! Ela depende da crença de que se algo/alguém foi deixado de forma errada ou por esquecimento, esse reaparecerá em um dado momento posterior.

No texto anterior procurei trazer o desacelerar aos poucos à própria vida e o respeito à natureza dos acontecimentos. Essas ações demandam releituras de antigos caminhos, aprendizados de novos outros e um tempo para que ambos recebam a nossa confiança em percorrê-los; bem como, os devidos sentidos que apenas são atribuídos com as experiências que lá ocorrem.

Devagar em alguns momentos, pouco mais rápidos em outros… São tidos como objetivos: manter-se em movimento e aceitar os períodos de descanso. Nesses contextos, a escolha daquilo que levamos é uma habilidade e tanto! Ela depende da crença de que se algo/alguém foi deixado de forma errada ou por esquecimento, esse reaparecerá em um dado momento posterior.

Interessante perceber que a maturidade que o tempo nos presenteia está em harmonia com as escolhas que realizamos. Elas ficam mais claras, corajosas e acabamos por aprender a lidar com respostas que já apareciam em nossas vidas. Cada escolha pode indicar pressões de um passado que ainda está no presente; ou o contrário: mostra a leveza ao carregarmos somente o necessário no agora.

Insistir no peso excessivo pode causar danos a si e ao caminho. Há profundidades que – literalmente – nos engolem: ficamos presos em nós mesmos, e a saída não se apresenta de forma simples. O oposto pode ser visto em gestos de prontidão via atitudes que buscam diminuir grandes acidentes.

O peso que carregamos é nosso. O peso que o outro carrega, é dele. É generoso aquele que aceita o compartilhar de cargas durante as etapas da jornada. Contudo, o diálogo é fundamental para que a prosperidade e o benefício mútuo sejam permanentes. Aqui vale a máxima que Clarice Lispector nos presenteou: “Quem caminha sozinho pode até chegar mais rápido, mas aquele que vai acompanhado, com certeza vai mais longe”.

Leandro Alves da Silva é Gerente de Desenvolvimento Humano Organizacional na First Peopleware e atua desde 2011 em Coaching-Mentoring-Counseling, palestras e treinamentos customizados. Doutor em Educação pela FEUSP e Master Coach pelo BCI.
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