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Qual é o Brasil que você faz hoje para o futuro que quer?

Você acha mesmo que a culpa deste país que você não quer é só dos políticos e governantes?

Qual é o Brasil que você quer para o futuro? Fácil de responder, não é? Sou capaz de apostar que o Brasil que você e todo brasileiro quer é um Brasil justo, sem corrupção, com emprego, saúde e boa educação para todos, sem violência, que respeite e proteja seus mananciais e suas florestas, com estradas seguras e bem conservadas e por aí vai.

Esta, que parece ser uma pergunta ingênua e bem-intencionada, a meu ver, reforça uma cultura paternalista com a qual o povo brasileiro parece estar acostumado. A cultura de que está nas mãos do governo fazer o que queremos como muitos filhos acreditam deve ser o papel dos pais, ou seja, não importa o que eu faço, mas o que eu quero. E se a pergunta fosse: qual é o Brasil que você faz hoje para construir o futuro que você quer? Qual seria a sua resposta? Você acha mesmo que a culpa deste país que você não quer é só dos políticos e governantes? Afinal, não fomos nós que os colocamos lá ou foram teletransportados por algum ato de ficção cientifica ou bruxaria?

Gandhi já dizia que devemos ser a mudança que queremos ver no mundo. Assim, a verdadeira mudança para um mundo melhor deve começar por cada um de nós. Que tal se começarmos por pequenas atitudes como respeitarmos as filas, aceitarmos pagamento justos pelos serviços que realizamos com excelência e honestidade, votarmos em candidatos fichas limpas, faltarmos no emprego ou na escola somente quando tivermos uma necessidade iminente, entregarmos a direção do carro para quem não tiver consumido álcool, cuidarmos cada um de seu espaço, de sua calçada, de sua rua, etc…? Você que quer melhor educação, participa ativamente da escola de seus filhos ou da sua nos diretórios de estudantes, por exemplo? Você que quer melhor saúde tem feito a sua parte cuidando da sua alimentação, do seu corpo sem agredi-lo com drogas, fumo ou excesso de álcool, e da sua saúde emocional? Enfim, seja lá qual for o Brasil que você quer, qual é a parte que lhe cabe? Mudar o mundo significa que podemos e devemos mudar nossas relações com nós mesmos, com o outro e com o meio ambiente

Se queremos um mundo melhor, sugiro então que comecemos a cuidar primeiramente de nosso mundo interior e de nosso corpo. Se metaforicamente pensarmos no nosso corpo como se fosse o planeta e imaginarmos que ele é composto de bilhões de células, como o planeta é composto de bilhões de pessoas, e que basta uma célula cancerígena para matar este corpo, conseguimos ter a dimensão do quanto nossas vidas podem impactar outras vidas e até o planeta. Portanto, você não é insignificante. Comece a transformar o seu mundo. Como?

Vamos usar o conceito de sustentabilidade, ou seja, levar em consideração os princípios que garantam que possamos usufruir do planeta no presente sem comprometer o futuro. Assim também deve ser a nossa relação com o nosso “ambiente” interior, ou seja, com nosso corpo. A única possibilidade de termos o futuro que verdadeiramente queremos é cuidando do nosso presente. As principais premissas de sustentabilidade igualmente se aplicam a nós. A prevenção é uma delas no que diz respeito ao uso dos recursos naturais e, igualmente, no que diz respeito ao nosso corpo. Obviamente, você deve saber da importância dos exames preventivos e que o diagnóstico precoce de várias doenças pode garantir mais e melhores anos de vida.

A precaução é outro fator importante para não nos expormos a situações de risco. Há um ditado popular que diz que “o seguro morreu de velho” e se refere ao fato de que o sujeito precavido vive mais. Na natureza, a lei de causa e efeito é universal e, também, é conosco, acreditemos ou não. O conceito de poluidor/pagador pressupõe que se poluímos, a conta vai chegar. Não é diferente comigo nem com você. E como é que nos poluímos? Com pensamentos negativos, reclamações, uso de drogas, fumo ou excesso de álcool. Ao contrário, quando nos cuidamos e cultivamos pensamentos mais positivos, práticas cotidianas de gratidão, fazemos uso de alimentos saudáveis e não industrializados, incorporamos atividades físicas como hábito e ingerimos bastante água, estamos nos preparando para termos uma vida mais longa e mais sustentável de maneira que não “poluímos” o nosso corpo e nem nos tornamos um problema para os outros.

O compromisso de melhoria continua e responsabilidade ambiental são também fatores ligados à sustentabilidade que devemos adotar para as nossas vidas. Melhorarmos enquanto seres humanos, enquanto profissionais, melhorar nossos relacionamentos com respeito às diversidades, entendendo o tempo e o espaço de cada ser, garantem uma série de benefícios. Você já reparou como a natureza é harmônica e que cada ser animal ou vegetal preserva seu habitat e respeita o do outro? Quando adotamos práticas de melhoria contínua com atividades constantes de estudo, leitura ou convivência com outras pessoas, mantemos nossas atividades cognitivas ativas e nossa saúde emocional mais equilibrada. Com o outro, estabelecemos atividades sociais e já é provado que a longevidade e a felicidade também dependem da qualidade das relações que cultivamos durante toda a vida.

Por fim, se realmente queremos um Brasil para o futuro, precisamos urgentemente melhorar nossas relações, começando com nós mesmos para melhorar com o outro e com o planeta. Empatia, generosidade, resiliência, gratidão, gentileza, educação… são algumas das atitudes que devemos ter seja lá com quem ou com o que for. A cartilha é simples e não precisamos fazer nenhuma obra mirabolante, basta fazer apenas o que você, cidadão, deve fazer com um amor genuíno que sai de dentro do seu coração e passe pela consciência do que é bom para você e para todos. Assim, construiremos hoje, aqui e agora, o Brasil que todos queremos para o futuro.

Cristiane Ferreira é Coach formada pelo IBC – Instituto Brasileiro de Coaching, Professora da Fundação Getúlio Vargas com cadeiras em Liderança, Coaching, Inteligência Emocional, Técnicas de Comunicação e Empreendedorismo, Palestrante, Empresária do setor de Educação desde 1991, Graduada em Letras pela UFMG e Pós-graduada em Linguística Aplicada pela UFMG, MBA em Gestão de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas, Formada em Inglês pela University of New Mexico, EUA, Apresentadora do Programa Sou Múltipla, Fundadora da Associação das Mulheres Empreendedoras de Betim, Ex-Presidente da Câmara Estadual da Mulher Empreendedora da Federaminas (2014/2016), Destaque no Empreendedorismo feminino, recebeu vários prêmios entre eles o “Mulheres Notáveis – Troféu Maria Elvira Salles Ferreira” da ACMinas, troféu Mulher Líder, “Medalha Josefina Bento” da Câmara Municipal de Betim, “Mulher Influente” do MG Turismo e o “Mérito Legislativo do Estado de Minas Gerais”, Comenda Amiga da Cultura da Prefeitura Municipal de Betim.
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