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Qual sua melhor versão, enquanto líder?

“Faça aos outros aquilo que gostaria que fizessem a você” pode ser uma das piores regras de liderança que aprendemos enquanto crianças. O quanto você se conhece, enquanto líder?

“Faça aos outros aquilo que gostaria que fizessem a você” pode ser uma das piores regras de liderança que aprendemos enquanto crianças.

O quanto você se conhece, enquanto líder?

A minha melhor escola de liderança não tinha sala de aulas e não havia horário marcado. Lá eu aprendi, sem me aperceber, o que faria a diferença na hora de liderar ou motivar alguém.

Na escola onde aprendi sobre liderança ninguém me alertou que estava aprendendo. Nessa escola tive diferentes tipos de professores. Cada um com a sua maneira de ser, cada um com as suas particularidades. Por isso também alguns me marcaram mais que outros. Eu acredito que liderança séria é isso mesmo: O quanto alguém marca alguém.

Consoante à nossa personalidade temos tendência a escolher uma forma de nos relacionarmos, de influenciarmos e de fazer vez aos os nossos pontos de vista. É normal que assim seja. Partimos do princípio que os outros são iguais a nós. Na verdade, tudo seria mais fácil se assim fosse… Talvez, mas seria muito menos divertido.

Quando compreendemos o nosso perfil de personalidade descobrimos uma série de aspectos sobre nós mesmos. Uns mais conscientes que outros, e que, todavia, naturalmente, nos diferenciam dos outros. Nessa diferença reside a grande oportunidade da liderança, observando diferentes perspectivas sobre o mesmo assunto.

Ainda que alguns de nós tenham tendência a observar de forma criteriosa mais os nossos defeitos, outros se deslumbram com as nossas virtudes, conseguir observar essas diferenças e compreender o que podemos fazer com elas pode ser uma das maiores revoluções da liderança moderna.

Compreender as nossas diferenças pode ser a primeira chave para obtermos novas formas de comunicar que se ajustem mais a quem está do outro lado da comunicação. Adaptar o código de comunicação consoante os nossos interlocutores é seguramente a grande chave da comunicação. Compreender as perspectivas e dinâmicas de liderança de cada perfil de personalidade e respeitá-la pode construir modelos de negócios mais completos e integrais.

Na escola onde aprendi liderança nós éramos ainda muito jovens e três a quatro vezes por semana juntávamos em torno de um objetivo comum. Ganhar um jogo, um campeonato ou uma competição. Ao longo de anos de prática desportiva tive treinadores que me inspiraram e outros que apenas me ensinaram. Simplesmente porque nem todos me “lideravam” da forma que eu achava estimulante e envolvente o suficiente. Eles não me “marcavam”.

Hoje, olhando para trás compreendo que em cada um deles havia algo único que o demarcava. Essa individualidade, que hoje compreendo através do código das personalidades, era uma das suas chaves de percepção sobre a liderança.

Cada uma das 9 formas de ver a liderança tem o seu valor e contributo para a concretização de metas e resultados. Seja de um clube desportivo, seja de uma organização ou de uma família. É a sua forma de ver a realidade que influencia a sua interação com o mundo exterior. E isso, como regra geral na liderança, é medido pela capacidade de influenciar o grupo para o alcance de uma meta comum.

O Eneagrama dos 9 perfis de personalidade são por isso uma enorme oportunidade de compreender o nosso estilo de liderança e compreender os demais que nos rodeiam. Abrindo a oportunidade de admirarmos e respeitarmos outras formas de compreender a liderança.

No caso, o perfil tipo 1, o perfeccionista, segundo o Eneagrama, ele compreende o seu papel enquanto líder como tendo a necessidade de desempenhar na colocação de metas e desenvolvendo elevados patamares de performance de forma a alcançar a máxima qualidade. Por isso as suas lideranças são regra geral preenchidas com regras e processos de medição que garantam o rigor e disciplina da execução.

O tipo 2, o prestativo, por outro lado, o foco está nas pessoas. O prestativo observa a liderança como uma forma de estar próximo da sua equipe e assim medir os pontos fortes das suas equipes. Os resultados vêm da capacidade de estar próximo das suas equipes envolvendo de forma emocional e empática. A sua liderança é por isso próxima e mais pessoal.

A liderança motivacional e envolvente do perfil tipo 3, o motivador, o foco está nas metas e na medição e concretização de objetivos. Reforçando os que conquistam e procurando modelos que incentivem as equipes a obter performance, as métricas permanentes ajudam na compreensão dos exemplos a modelar. A sua liderança é regra geral orientada para a competição pela concretização de metas e objetivos.

O romântico e idealista tipo 4 acaba por se rever numa liderança idealista onde as pessoas, o seu potencial e individualidade são as peças essenciais para a concretização. Dando-lhes propósito e realização. A sua liderança é por isso muitas vezes carregada de causas e forte emotividade.

O tipo 5, o analítico e sistêmico pensador opta por criar uma liderança recheada de critérios e planejamento de forma a que toda a organização participe com a sua ação numa missão comum. Uma clara visão sistêmica, ainda que mais dissociada que permite uma visão global da organização a partir do contributo das partes. Por norma uma liderança mais fria e analítica.

O Precavido, perfil tipo 6, observa a organização através de uma perspectiva de solidez e segurança, procurando habilitar todos os que confia para desenvolverem a capacidade de anteciparem e resolverem os problemas que a organização venha a enfrentar. Caracteriza-se por desenvolver organizações muito cooperantes e organizadas.

O tipo 7, com o seu entusiasmo, compreende que a sua função na liderança é fazer com que as pessoas vibrem com as novas oportunidades, criando inovação que possam gerar vantagem competitiva em novas oportunidades de negócio. Lideranças chamas “nervosas” e muito criativas.

O perfil confrontador tipo 8 observa o seu papel como líder como alguém que faz progredir as suas equipes com determinação, assertividade e frontalidade, através de uma liderança decidida, segura e muito orientada para a ação e concretização. Optam regra geral por lideranças mais centralizadas onde as linhas de comando ficam evidenciadas pela capacidade de decisão e ação.

Por outro lado, o perfil tipo 9 do Eneagrama, o pacificador, prefere compreender a função do líder como alguém que apoia a realização da missão da empresa, procurando consensos e criando um ambiente estruturado e colaborativo. Opta regra geral por uma perspectiva mais harmonizada e pacificadora.

Ao desvendar cada uma destas 9 formas de liderar compreendemos como cada uma delas pode contribuir para uma liderança mais construtiva e integral.

Se em cada um de nós desenvolvêssemos a oportunidade de cultivar cada uma destas visões seríamos líderes muito perto da perfeição. Como não é tão natural que o possamos fazer continua a valer o slogan: Se queres ir rápido vai só, se queres ir longe vai acompanhado.

E você, com qual tipo de líder mais se identifica?

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⚙️ Eneacoaching
Eduardo Reis Torgal atua como Business Coach desde 2004 em programas de transformação com Eneagrama para executivos e liderança empresarial de alta performance em grandes multinacionais. É palestrante em Portugal e em outros países da Europa. É mentor e fundador do Instituto Eneacoaching em Portugal e no Brasil onde treina outros profissionais na metodologia Eneacoaching com 9 Passos. Especialista em Psicologia Social e Influência com Neurolinguística; é professor convidado para áreas de Coaching, Liderança e Mudança Organizacional em várias pós-graduações em ensinos Portugueses assim como na Academia Força Aérea Portuguesa. Professor supervisor pela escola tradição narrativa – Helen Palmer e David Daniels para Portugal e Brasil. É autor de 3 livros: “Descubra a sua personalidade com o Eneagrama” (2013, Topbooks), “40 dias e um segundo para mudar a sua Vida” (2014, Topbooks) e “A arte da guerra na transformação pessoal” (2014, Topbooks).
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