Vejamos agora: o que é o pensamento holo-sistêmico?
É holo porque considera o todo vibrando simultaneamente em todas as suas partes e expressões, num eterno presente, no Aqui e Agora. Qualquer realidade contém o Todo e está contida no Todo. É expressão do todo.
E é sistêmico porque considera as partes do todo em movimento dinâmico, em redes interdependentes, onde nada existe isolado, qualquer ser, desde uma partícula de um átomo até as galáxias, desde um inseto até um elefante… tudo está interligado, em processos de contínuas transformações. Como um holograma: o todo está na parte que está no todo. Tudo se interliga. Tudo está conectado a tudo.
Significa que devemos contextualizar cada acontecimento, pois as coisas não acontecem separadamente. É preciso reagrupar os saberes para buscar a compreensão de cada um de nós e do Universo.
Os modelos que utilizamos em nossos trabalhos do Instituto Holos são holográficos, porque buscam sempre formas de ligar as partes no todo, de forma a permitirem visualizar o todo nas partes. O pensamento cartesiano e mecanicista não se presta mais para aplicar à enorme complexidade que se nos apresenta em tudo que olhamos nos dias de hoje. Desde a complexidade no campo da evolução tecnológica, no âmbito biológico, que vem revolucionando a medicina, sobretudo a neurologia, até a complexidade no âmbito social, de um planeta interligando todas as suas civilizações e expressões culturais.
É por isso que o foco de nosso trabalho com o instrumental ISOR® é desenvolver quadros de referência que ajudem as pessoas a abrir o leque de compreensão das coisas. Buscamos apoio numa visão holo-sistêmica para buscarmos formas mais livres de controles, conscientes, de ver, para buscarmos formas mais condizentes com o que a Vida pede de nós, buscarmos formas mais isomórficas, coerentes com a Vida, de nos comportarmos, de nos relacionarmos – enfim: de vivermos mais plenamente.
Nós buscamos, através de gráficos, dar apoio à nossa mente de uma forma mais imune a doutrinas, crenças, ideologias e correntes filosóficas ou religiosas. Para que as pessoas possam tomar sua vida nas próprias mãos, sem prisões, sem véus mentais, sem viseiras limitantes.
E qual o significado para o meu dia a dia?
A compreensão de nossa integração com o planeta nos leva a uma nova compreensão sobre a vida. A sintonização com as leis universais gera coerência frente aos múltiplos desafios que enfrentamos no nosso dia a dia.
Então podemos olhar para as entradas que recebemos no nosso dia a dia sem reagir, como habitualmente agíamos. Paramos com olhos bem abertos e encontramos novos rumos para nossas ações, para nossas vidas e nossas relações. Quando somos capazes de parar e não reagir, testamos nossos limites, podemos ser menos severos. Não julgamos a nós mesmos e aos outros.
Ampliamos a visão de nós mesmos, das pessoas que nos envolvem, de nosso trabalho e, sobretudo, nossa visão de mundo.
Podemos concluir citando Fernando Pessoa: “A sua visão é do tamanho de sua aldeia, a sua aldeia é o seu mundo.”
Como se aplica nas organizações?
Não é mais possível querer administrar empresas e organizações com um pensamento restritivo, cartesiano, mecanicista, fragmentado.
O pensamento sistêmico é imprescindível na aplicação à administração organizacional. O professor do MIT Peter Senge o coloca como uma das grandes disciplinas de “A Organização que Aprende”, ao lado da maestria pessoal, do trabalho em equipe, dos modelos mentais e da visão compartilhada.
Tudo numa organização está interligado. Nada funciona desligado do todo ou então está em disfunção e coloca a organização como um todo em disfunção.
Por isso, cada vez se tornam mais imprescindíveis reuniões interdisciplinares e interprofissionais nas organizações, bem como os encontros intersetoriais, a fim de que haja mais equilíbrio e mais elevada performance no desenvolvimento organizacional. Cada parte se sinta responsável pelo todo, pense sempre como um órgão num organismo, onde nada é mais importante ou menos importante. E que o direcionamento do todo tenha consciência e perceba a importância de cada parte, de cada setor, para a vitalidade do todo.
Finalizando, quero reforçar:
Entender sua mente, entender como você vê o mundo é a chave para ativar o seu vasto potencial de inteligência, felicidade e excelência no viver e na sua atuação profissional.
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