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Os Saltimbancos (parte final)

Estamos entrando em um mundo onde todo e qualquer movimento será duramente julgado por todos à nossa volta. Um mundo onde se pensa que o movimento do outro sempre representa algo profundo e complexo.

Nesta última parte vou expor as causas de escrever sobre esse CD como material de análise e alguns comentários.

Esse tema se encaixa perfeitamente com o propósito da Coluna. Pois estamos justamente na fase de transição, da infância para a vida adulta. Nos são apresentados novos desafios que só poderemos participar, caso deixemos algumas características infantis para trás. Como por exemplo, adaptar os nossos sonhos, desejos e expectativas à realidade para podermos fazer parte do desafio, seja ele conseguir um emprego ou decidir se casar e construir uma família nesses moldes. Ou algo mais sutil, como cortar o cabelo, deixar a barba crescer, experimentar outro estilo de vestimenta.

Estamos entrando em um mundo onde todo e qualquer movimento será duramente julgado por todos à nossa volta. Um mundo onde se pensa que o movimento do outro sempre representa algo profundo e complexo, como ir com a camiseta de certa cor significa posicionamento politico e imposição desse posicionamento e não simplesmente porque a pessoa gosta daquela cor ou talvez aquela fosse a única camiseta limpa do armário ou porque ela acordou atrasada e vestiu a primeira coisa que viu na frente, pois senão perderia o ônibus.

O que eu quis passar com a análise deste CD infantil é que agora, por estarmos entrando neste novo mundo, podemos e devemos fazer uma análise racional das nossas bases de construção de valores e princípios de quando éramos crianças. Fazer isso para o desenvolvimento do nosso pensamento crítico e principalmente para nos fortalecer das brutalidades deste novo mundo.

Desenvolve-se o pensamento crítico, pois encontramos alguns argumentos irracionais demais usados como base para algum princípio ao ponto de necessitarem de uma reflexão e adaptação. Nos fortalecemos, pois lembramos da nossa visão de mundo quando crianças. Dos desejos puros e ingênuos. E, ao lembrar disso, vemos que podemos sim mudar as coisas. E a realidade nos mostra que essa é uma mudança de comportamento. Uma mudança espelhada naquela criança de dezoito, trinta ou oitenta anos atrás. Uma mudança pessoal que busca como objetivo fazer com que aquela criança que fomos tivesse orgulho e admiração ao olhar para o adulto que somos ou que estamos nos tornando.

Escolhi esse CD para nos ajudar a lembrar que a criança que fomos sempre vai nos acompanhar. Que quando as coisas parecerem muito difíceis, perdidas e sem solução, podemos convidá-la para brincar um pouco, o que recarrega nossas esperanças e forças pra continuarmos enfrentando os desafios propostos, ou seja, para continuarmos crescendo.

Bruno Sales Author
Bruno Sales é Estudante esforçado, entusiasta intelectual e conversador. Estudante de Economia, escritor amador e apreciador de Filosofia e Matemática. Sonha publicar o livro que vem trabalhando faz anos; a médio prazo, adquirir independência financeira e reconhecimento intelectual; a longo prazo, mudar o mundo.
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