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O papel e a importância de um mentor no desenvolvimento dos jovens

Ter um mentor pode ajudar o mentorado a ter mais autoconfiança, mais rapidez na aprendizagem, na adaptação a novos ambientes e situações, mais facilidade na ascensão funcional e de carreira, maior rede de relacionamentos e menos estresse.

A FIA – Fundação Instituto de Administração/USP realizou uma pesquisa com cerca de 200 jovens de São Paulo e revelou que 99% dos indivíduos nascidos entre 1980 e 1993 mantêm-se envolvidos somente em atividades que gostam e 96% acreditam que o objetivo do trabalho é a realização pessoal. São jovens ágeis e eficientes, mas também são desfocados e distraídos.

Ainda de acordo com a pesquisa da FIA, os jovens recém-contratados no trabalho pulam de um emprego para o outro a fim de serem reconhecidos e bem-sucedidos. E isso não é novidade que traz resultados péssimos para a carreira deles. É motivo de preocupação para recrutadores, pois sentem receio de contratar o jovem e perdê-lo em pouco tempo, gerando custos de seleção e treinamento para a organização.

Um estudo da consultoria americana Rainmaker Thinking revelou que 56% dos profissionais da Geração Y querem ser promovidos em 1 ano. A pressa mostra que eles estão ávidos para testar seus limites e continuar crescendo na vida profissional e pessoal. Essa vontade de se desenvolver foi apontada como fundamental para 94% dos jovens entrevistados pelos pesquisadores da FIA.

Mas eles são repletos de grandes dúvidas, entre elas: fazer estágio ou iniciação científica, ser ou não trainee, fazer intercâmbio, concurso público, morar no exterior, abrir uma empresa, entre outras. E os que escolhem seguir carreira dentro de empresas privadas podem cometer um ou mais erros que comprometem seu crescimento profissional (leia esse artigo que publiquei no Portal Cloud Coaching: (leia esse artigo que publiquei no Portal Cloud Coaching).

Ter um mentor pode ajudar e muito, nesses momentos. Segundo Paulo Erlich, um dos maiores especialistas em mentoring no Brasil, “mentoring é um processo relacional em que uma pessoa, com base em seu saber e experiência (mentor), estimula e influencia outra pessoa (mentorado) na aquisição de conhecimento e no desenvolvimento emocional ou social.  (ERLICH, 2014).

Ainda de acordo com Paulo Erlich, o mentorado tem os seguintes benefícios: maior rapidez na aprendizagem, maior autoconfiança, maior rapidez na adaptação a novos ambientes e situações, mais facilidade na ascensão funcional e de carreira, maior rede de relacionamentos e menos estresse. E quem pode ser um mentorado é alguém que busca crescer e se desenvolver profissionalmente, sabe ouvir e expor suas dificuldades e é responsável com seus compromissos.

Algumas empresas, como: Natura, Citi, Itaú, Leroy Merlin e EY já colocaram o mentoring dentro de seus programas de trainee. O mentor (diretor ou gerente) apoia o jovem trainee durante um determinado período de tempo, fazendo com que ele se adapte mais facilmente à cultura da organização e que construa com mais solidez uma carreira de sucesso dentro da empresa.

A figura de um mentor contribui também com a inteligência emocional do jovem. Segundo Daniel Goleman (autor do best-seller “Inteligência Emocional”), 13% das pessoas fracassam por falta de QI e 87% fracassam por falta de inteligência emocional. E segundo pesquisa da H2R e Right Management, a pedido da revista Você S/A, 87% das demissões ocorrem por causa de erros comportamentais.

Um mentor pode, ainda, ajudar um jovem a utilizar todo o seu potencial e que tenha uma maior performance nas suas responsabilidades. Tim Gallwey, o precursor do Coaching no Mundo, descreve performance a partir do potencial, descontadas as interferências. Em seu livro The Inner Game, ele apresenta esse conceito de uma forma bastante prática, com a seguinte fórmula: P = p – i, onde “P” é performance, “p” potencial e ”i”, interferências. Tim afirma que o nosso jogo interior ocorre o tempo todo, e ora desperta nosso potencial, ora o interrompe. Nas interferências, a voz interna que dá os comandos e gera os julgamentos é chamado de Self 1. Já o Self 2 é o próprio ser humano, livre de julgamentos, que inclui todas as nossas capacidades. O mentor contribui para que o jovem tenha um autoconhecimento e não se deixe abater em momentos de dificuldade, com desmotivação e pensar (Self 1) que não é capaz de fazer algo.

Você já teve um mentor informal na vida? Pense em pessoas que foram importantes para você na vida, dando conselhos que te ajudaram a tomar decisões. Um mentor pode ser seu pai, um professor, um chefe, um colega, um avô… De uma forma ou de outra, todos nós tivemos mentores ao longo de nossa trajetória. Próximos ou distantes, percebidos ou não. Grandes líderes, em geral, tiveram grandes mentores. Alguns exemplos: O mentor de Alexandre, o Grande, foi Aristóteles, o de Martin Luther King foi Gandhi, o de Jim Collins foi Peter Drucker, e assim por diante.

Se teve um mentor, depois dessa leitura o procure e marque uma conversa. Fale de todos os seus anseios atuais em relação à sua carreira e tente manter uma rotina de encontros com ele. Depois me fale como está sendo a experiência, enviando e-mail para: coachpaulocarvalho@gmail.com

Paulo Carvalho é Professional Coach Practitioner e Leader Coach pela Academia Brasileira de Coaching, Coach Vocacional pelo Instituto MS Coaching de Carreira e participou do Módulo I da certificação internacional da TIGIS (sendo treinado pessoalmente por Tim Gallwey, o precursor do Coaching no mundo). É Analista de Perfil Comportamental certificado pela Solides. Mentor certificado pela Erlich Pessoas & Organizações e Artemisia Brasil. Com cursos de Liderança na Fundação Estudar, FGV, CERS e SENAC, e mais de 800h em cursos de extensão em instituições nacionais e internacionais. Trabalha atualmente na área de Engajamento da Lee Hecht Harrison, é Coach Vocacional e Palestrante da Academia de Jovens Talentos, Diretor de Jovens Talentos da ABRH-PE, Diretor de Relacionamento e membro fundador da International Coach Federation – Capítulo PE. Já atuou na área de RH de organizações multinacionais e nacionais e é professor de curso técnico. Possui formação técnica em Recursos Humanos e é estudante de Administração na UFRPE. Tem experiência de mais de 300 horas de Coaching individual e em grupo e 65 palestras ministradas, para mais de 2000 pessoas. 17 artigos publicados em sites e jornais e é Colunista do Portal Sucesso Jovem. Possui artigos e resumos científicos sobre Coaching publicados em congressos nacionais e internacionais e 5 prêmios conquistados referentes ao desempenho profissional e acadêmico. É associado da ABRH – PE, SHRM – EUA, Pessoas@2020 – Portugal e ICF Global. Autor do livro “8 passos para acertar na escolha da profissão” – Editora Cia do Ebook.
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