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Nosso cérebro é o mesmo dentro e fora do trabalho!

Sentir-se parte de algo, à vontade, seguro, valorizado e satisfeito. Isso é tudo que queremos na vida. Não apenas na vida social, nas relações de amizade, mas também na vida profissional que, afinal, também é social, não é mesmo?

Sentir-se parte de algo, à vontade, seguro, valorizado e satisfeito. Isso é tudo que queremos na vida. Você pode estar pensando que estou falando sobre a sua vida social, as suas relações de amizade. Mas, não é só isso. Estou falando de sua vida profissional que, afinal, também é social, não é mesmo? Não é uma mera questão financeira. E é por isso que nosso cérebro age da mesma forma, dentro e fora do ambiente de trabalho.

Todos sabemos que as relações interpessoais não são nuvens de algodão doce. Toda hora nos deparamos com situações que exigem uma grande capacidade de superação. Você sabe, eu sei, todos nós sabemos: a vida, social e profissional, nos presenteia com desafios diários. E cabe a nós passarmos por eles da melhor forma.

Conflitos, ameaças, discussões, diferentes modos de agir e pensar, e por aí vai… Para passar por estas situações no ambiente profissional você vai precisar, e muito, da sua inteligência emocional, inteligência social e seu autoconhecimento!

O cérebro humano é considerado um órgão social. Por isso as reações neurofisiológicas são diretamente realçadas pela interação social

Quantas vezes você, ao começar um novo emprego, se sentiu “ameaçado” ou rejeitado pelo grupo que já estava ali? E na infância, quando trocou de escola? Este é seu cérebro, com medo de não fazer parte, por exemplo. É ele mapeando um cenário, tendo a percepção de algo inesperado, ou seja, uma possível “ameaça” pode acontecer. Quando esse tipo de sentimento aflora, o de exclusão, pode significar o mesmo tipo de reação no cérebro que a dor física.

Mas fique tranquilo, isso acontece com todos e é algo natural. Tem solução. E está na sua cabeça.

Um conflito existe quando uma necessidade social não é atendida. Quando não está inserido no ambiente e não está sendo respeitado.

Nosso cérebro é capaz de fazer milhões de conexões a partir de um cenário. No caso, o que muda para ele, no seu trabalho, em casa ou até no bar, é apenas o comportamento. A sua necessidade é a mesma, independentemente do cenário. Você – seu cérebro – deseja fazer parte de algo e se sentir valorizado, seguro e à vontade para realizar suas tarefas.

Os conflitos são respostas naturais da conexão social que os humanos, e os mamíferos em geral, possuem. Por isso é extremamente importante estar atento às necessidades de todos dentro da empresa. Conforme as necessidades são atendidas, o comportamento muda.

O respeito às necessidades sociais promove segurança à pessoa, que tende a render mais e se sentir recompensada.

De acordo com David Rock, co-fundador do NeuroLeadership Institute, existem 5 fatores essenciais, no ambiente profissional, responsáveis pelo alto grau de comprometimento e engajamento. O SCARF, como ele definiu, é dividido em Status, Certeza, Autonomia, Relacionamentos e Justiça (Status-Certainly-Autonomy-Relatedness-Fairness, em inglês).

Este modelo é uma ferramenta que permite a leitura do ambiente social, a antecipação do efeito de certas ações e que incentiva uma maior conexão entre as necessidades alheias. E quando um desses fatores está ameaçado é criado o estado de afastamento.

O intuito é entender onde a sua necessidade não está sendo atendida e como encontrar alternativas naquele ambiente para se sentir socialmente conectado, em um estado de recompensa. Quando você encontra seu propósito e sabe sua necessidade, você encontra as estratégias necessárias para se retroalimentar.

Tudo isso mostra a importância de olhar o lado humano nas relações de trabalho, na empresa e para si mesmo. Líderes e gestores que compreendem essa relação e como funciona a dinâmica social conseguem tirar o melhor de cada colaborador, incentivando o trabalho em equipe e promovendo um ambiente de colaboração e engajamento – o que, é claro, gera melhores resultados a todos do time.

Mas em um ambiente de trabalho o que vale é o trabalho em grupo. Logo, cada membro deste grupo é que deve fortalecer a si mesmo e regulará as próprias emoções a partir do autoconhecimento de suas necessidades sociais e criar soluções para obter suas necessidades atendidas e se relacionar de forma eficaz com os outros. Usando desta maneira o cérebro a seu favor.

Katia Gaspar Author
Katia Gaspar é Coach, Mentora e Supervisora com foco no desenvolvimento na Competências Empreendedoras através dos conceitos da neurociência. Capacitando profissionais a encontrar soluções para seus negócios. Conduz processos de desenvolvimento profissional e organizacional junto a empresários, executivos e profissionais liberais. Voluntária da Ashoka, organização mundial que promove a cultura empreendedora e inovação social. Diretora Institucional na Internacional Coaching Federation. Fundadora da 3E – Educar o Espírito Empreendedor.
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