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Não tenho controle sobre coisas e pessoas – tenho conexões!

A gente vive querendo ter tudo sob controle: os filhos, o marido ou a esposa, o trânsito, o carro, até mesmo o clima, a chuva, o mercado... Querer ter controle significa colocar coisas e pessoas a seu serviço.

A gente vive querendo ter tudo sob controle: os filhos, o marido ou a esposa, a equipe, a empresa, o trânsito, o carro, até mesmo o clima, a chuva, o mercado… Querer ter controle significa colocar coisas e pessoas a meu serviço. Então estudo técnicas de administração, isto é, de como controlar melhor e com mais eficiência.

Mas as coisas se desgastam, apodrecem, as técnicas são superadas, as pessoas adoecem, mudam de opinião, fogem, agridem, se magoam… Os mercados oscilam, os membros das famílias brigam, se separam, os amores viram ódio, as pessoas nos enganam… As pessoas têm vontade própria, não se submetem… e quando se submetem, perdem a graça.

Mas, estar ligado às pessoas, aos outros seres, não depende de querer ou não querer. Nós já estamos de fato ligados a tudo: ao clima (chuva, frio, calor). Às pessoas na família, na empresa, nas lojas, no trânsito, à moda, aos costumes, às leis, ao idioma que falo, a minha cidade, meu estado, meu país, meu planeta…

As conexões existem, independentes de eu gostar ou não gostar, e até mesmo de eu saber ou não saber que estão aí. De mim, na verdade, só depende a forma como me conecto, de que jeito encaro. Depende de mim se apenas quero usar dos outros e das coisas como recursos a meu serviço ou se me ponho de igual, com postura de troca, buscando compartilhar com os outros a mesma vida que é comum a todos nós. Sou eu que decido se quero me dar bem, se quero respeitar.

Então, qual é mesmo a atitude interior que se espera de um Líder? O que se espera é que ele esteja mentalmente aberto, centrado, atendendo as pessoas numa atitude amiga, aceitando-as como elas são, com respeito profundo por tudo aquilo que elas representam. É preciso estar atento para não deixar que os preconceitos, os modelos mentais que tenho , conscientes e inconscientes (raça, religião, profissão, classe social, jeito de se vestir, de falar, etc.) tomem a frente. Interiormente agradeço à Vida a oportunidade de compartilhar com elas meu jeito de ser, aceitando seu jeito de ser, sem julgamentos. “Paz e Amor” foi e continua sendo o grande grito de busca das pessoas em todas as épocas – a minha busca e a das pessoas com quem convivo e troco energia. Já dizia o grande Mestre: “Não julgueis para não serdes julgados, pois na medida com que julgardes vós sereis julgados.”

Essa premissa que não tenho controle sobre coisas e pessoas não é regra de bom comportamento, não é norma para dirigir nossas condutas. São princípios de sabedoria, colhidos dos grandes mestres da sabedoria, tanto do ocidente como do oriente, que nos permitem ter um olhar de compreensão mais amorosa sobre as pessoas e comunidades com quem convivemos. Nos permitem viver em paz com nós mesmos e com as pessoas.

Marcos Wunderlich e Renato Klein

Marcos Wunderlich é Empresário e Presidente Executivo do Instituto Holos. Pioneiro do Coaching e Mentoring no Brasil, é referência nacional em Formação e Instrumentação de Mentores e Coaches no Brasil com abordagem holossistêmica e complexa, tem mais de 30 anos de experiência profissional. Consultor, palestrante, Master Coach e Mentor de Executivos. Mentalizador do Sistema ISOR® um conjunto instrumental científico-pedagógico de Desenvolvimento de Pessoas e Organizações com base na moderna ciência e neurociência, na milenar sabedoria humana e nas inovações da administração. Filiado ao ICF – International Coach Federation. Consultor CMC – Certified Management Consultant credenciado pelo IBCO – Instituto Brasileiro de Consultores de Organização em convênio com o ICMCI – International Council of Management Consulting Institutes. Formado e pós-graduado na área tecnológica, tem várias formações no campo da Gestão e Humanidades,
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