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Não tem nada a ver comigo!

Será? Lembre-se que o coletivo somos nós e não estamos de fora olhando o mundo, nós fazemos parte ativa dele, mesmo quando não estamos dizendo ou fazendo nada a respeito.

Impossível estarmos nesse mundo sem outras pessoas à nossa volta. Quando digo nesse mundo estou querendo dizer: nesse mundo em sociedade.

Cada pessoa um universo, todos em conexão. Como nos impactamos ou não com o que acontece no coletivo é o que vamos abordar aqui.

Quem acha que a greve de caminhoneiros tem a ver com caminhoneiros precisa pensar um pouquinho além.

Não precisamos retomar aqui as consequências de uma ação coletiva (especificamente na manifestação mencionada), porque direta ou indiretamente todos nós já sentimos na pele, com situações de privação (seja de alimentação, de ir e vir, em relação a tratamento e saúde, etc).

Vamos falar sobre o ANTES da manifestação. Precisamos pensar o caminho do individual ao coletivo e o coletivo para o individual.

Algumas linhas de estudo ou pensamentos, como a filosofia, religião, espiritualidade, etc… nos dizem sobre as consequências da negação de que tudo está interligado. Algumas vezes, dizem pela via do medo, da culpa, do próprio ganho e do próprio bem-estar.

Estamos nos referindo aqui a sentir-se pertencendo a uma sociedade que precisa viver em harmonia uns com os outros e isso por si só já seria o ganho.

Vivemos numa rede interligada em que muitas vezes nos parece que as coisas acontecem automaticamente. Pensamos que tudo vem de alguma entidade que aparece magicamente e cuida de nós e das nossas vidas.

Quanto mais afastamos a ideia de que as coisas sobre nossas vidas têm a ver como nos posicionamos no mundo, mais nos afastamos da nossa humanidade e impotência e mais nos afastamos da humanidade de outros que fazem parte da nossa vida.

Para alguns (ou muitos), viver como em uma roda que gira automaticamente, como se as coisas funcionassem sozinhas, é mais fácil. Mas isso é só aparência, de um jeito ou de outro algo aparece e atravessa essa prepotência de autossustentável, independentemente de tudo ou de todos.

Esse não é um texto político ou ideológico é somente um apontamento sobre como precisamos estar atentos por exemplo: de como as pessoas lidam com as pessoas.

Isso é muito simples, porém nos deixar ser “engolidos” pela automaticidade como se não tivéssemos nada a ver, muitas vezes, faz parte das nossas vidas sem nos dar conta.

Não estamos nos referindo somente de pessoas para pessoas, mas também de instituições com pessoas, empresas com pessoas; não somos máquinas, somos feitos de carne e osso e alma.

Temos relações em diferentes níveis: intersubjetivas, interpessoais, sociais (de diversos tipos e faces).

Muitas vezes, ficamos nas questões mais básicas de nossas próprias necessidades internas. Outras vezes, pensamos nos relacionamentos com outras pessoas, mas ir além em direção ao social nos parece ir além demais.

Isso porque esquecemos que o coletivo somos nós. Nós não estamos de fora olhando o mundo, nós fazemos parte ativa dele, mesmo quando não estamos dizendo ou fazendo nada a respeito.

Rosangela Claudino tem vivência em culturas organizacionais de portes e segmentos diferentes, como: Laborterápica Bristol e American Express. Com experiência em áreas de recursos humanos passou a atuar em consultoria própria de seleção, desenvolvimento de pessoas e implantação de gestão estratégica de RH, agregando conhecimentos e compartilhamento em outros segmentos como: alimentação, tecnologia e financeiro. Pós-graduada em Administração com foco em RH e Marketing, com Formação em Coach reconhecida pelo ICF (International Coaching Federation) e Psicanalista formada pelo Centro de Estudos Psicanalíticos, atua também em conselho de administração e atende em consultório particular. Mentora e Coach do programa, PROVOCA – Programa Vocação e Carreira, desenvolve e atua em seus atendimentos valendo-se de técnicas de Coaching, ferramentas de RH e gestão estratégica de negócio, associadas a escuta diferenciada da psicanálise.
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