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Não quero esclarecer, eu quero é complicar!

Será que o Coaching realiza o que promete? Qual o referencial teórico que me permite acreditar em tudo o que o Coaching promete fazer? Será mesmo uma prática tão independente das demais?

Cinco anos atrás, depois de um bom bate-papo em um café-bar do Shopping Paulista, em São Paulo, três empreendedores assumiram o desafio de criar a Cloud Coaching. Um café-bar porque, naquela oportunidade, dois preferiram beber café, outro foi para o refrigerante e, como não poderia deixar de ser, um tomou cerveja. Para quem achou que errei na conta, foram efetivamente quatro pessoas e, devo confessar, o da cerveja era eu! Na mesma data e com toda a minha torcida pelo trio de amigos, foi então criado este espaço Dimensões do Sucesso, que teve inspiração na minha dissertação de mestrado “A Dimensão do Sucesso em Coaching: Uma Análise do Contexto Brasileiro”, diploma obtido na FGV-RIO.

Poucos meses depois de lançada a Cloud Coaching, sua audiência já era medida em dezenas de milhares de pessoas, todas interessadas no excelente conteúdo preparado por vários profissionais competentes e de diferentes áreas de atuação. E eu acabei ganhando outro tipo de desafio, que foi desenvolver o Espaço do Coach, que alguns leitores conhecem. Nessa parceria minha com a equipe de articulistas da Cloud Coaching, pude gerar novos amigos e muito aprendizado. Hoje, em homenagem a tudo isso que aconteceu, quero aqui mencionar um profissional que me inspira com suas iniciativas, até porque o trabalho dele (como o meu) tem base em estudos avançados.

Daí, decidi hoje aquecer um assunto tido como polêmico e muito mistificado dentro do ambiente do Coaching. Quem fez algum curso (qualquer um) de formação deve ter ouvido e lido que ele é diferente de Mentoria. Aqui neste blog você encontrará artigos e definições diferenciando o Coaching da Mentoria e do Aconselhamento. Muitos, até hoje, afirmam que o Coach não deve e não pode ser mentor e nem aconselhar o Coachee. Será isso uma verdade absoluta?

Como um profissional que agrega a formação acadêmica, tenho o direito de perguntar: será que o Coaching realiza o que promete? Qual o referencial teórico que me permite acreditar em tudo o que o Coaching promete fazer? Será mesmo uma prática tão independente das demais?

Pois bem, em minhas pesquisas avancei nessas questões e descobri que, na década de 1980, uma linha de cientistas já tratava da relação entre a Mentoria e o Coaching. Em dois trabalhos da época, liderados por Kathy Kram, o Coaching era posicionado como uma das funções da Mentoria, especificamente voltada para o desenvolvimento de carreira, quando o cliente do processo busca garantir aprendizado e evolução profissional.

Rey Carr, em 1999, continuou a manter afinados esses conceitos, pois entre os dez pontos fundamentais, inerentes ao excelente mentor, em um deles ele apontava, explicitamente, a necessidade de aplicar habilidades de Coaching para criar a visão, explorar sonhos para o futuro, desenvolver pontos fortes, enfrentar as barreiras autoimpostas e usar as habilidades de relacionamento. Em 2001, uma releitura dos trabalhos de Kathy Kram apresentou modificações na forma de tratar os papéis de Mentor e Coach, comparativamente aos estudos publicados em anos anteriores, sem diferenciá-los totalmente.

Nestes cinco anos, em meus dois espaços de postagem, várias vezes toquei no assunto a partir de estudos de cientistas internacionais, divulgados em publicações de prestígio. No Brasil, é comum vermos referências de estudiosos à relação de proximidade ou de afastamento entre o Coaching e a Mentoria. Pois bem, nos dias presentes, com muita coragem e competência, vejo o amigo Marcos Wunderlich apresentar um caminho inovador que, mesmo analisando o Coaching e a Mentoria como práticas diferentes na metodologia e no foco, são absolutamente complementares para que o cliente consiga avançar em seus propósitos.

Porém, o Marcos vai além e inclui, no contexto profissional, a figura do Adviser (Conselheiro) Humanizado. Ou seja, a intervenção adequada de um profissional para atender seu cliente, da melhor maneira possível, requer um conhecimento pleno das ferramentas do Coaching, da Mentoria e do Advice, mantendo bons princípios, valores humanizados e a ética sempre vivos no processo.

Como avisei pelo título, eu vim hoje aqui para celebrar cinco anos complicando a vida de vocês leitores. Para um complemento mais claro sobre essa forma de fazer conviver o Coaching, a Mentoria e o Advice Humanizado, convido a que vocês assistam esta curta apresentação em vídeo abaixo. Depois disso, forme a sua opinião e passe a se orientar por ela. Ao final, o que manda mesmo é o resultado positivo que seu cliente alcança com seu apoio e competência.


Link original: https://www.youtube.com/watch?v=uAQQuYVsrks

Mario Divo Author
Mario Divo possui mais de meio século de atividade profissional ininterrupta. Tem grande experiência em ambientes acadêmicos, empresariais e até mesmo na área pública, seja no Brasil ou no exterior, estando agora dedicado à gestão avançada de negócios e de pessoas. Tem Doutorado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) com foco em Gestão de Marcas Globais e tem Mestrado, também pela FGV, com foco nas Dimensões do Sucesso em Coaching (contexto brasileiro). Formação como Master Coach, Mentor e Adviser pelo Instituto Holos. Formação em Coach Executivo e de Negócios pela SBCoaching. Consultor credenciado no diagnóstico meet® (Modular Entreprise Evaluation Tool). Credenciado pela Spectrum Assessments para avaliações de perfil em inteligência emocional e axiologia de competências. Sócio-Diretor e CEO da MDM Assessoria em Negócios, desde 2001. Mentor e colaborador da plataforma Cloud Coaching, desde seu início. Ex-Presidente da Associação Brasileira de Marketing & Negócios, ex-Diretor da Associação Brasileira de Anunciantes e ex-Conselheiro da Câmara Brasileira do Livro. Primeiro brasileiro a ingressar no Global Hall of Fame da Aiesec International, entidade presente em 2400 instituições de ensino superior, voltada ao desenvolvimento de jovens lideranças em todo o mundo.
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