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Não me solidarizo!

Onde está a produtividade? Órgãos públicos têm equipe de atendimento sem capacitação técnica adequada, amarrada às burocracias, pouca gente para o número de processos e equipamentos obsoletos ou quebrados.

Produtividade é, de forma bem resumida, o índice que mede quanto se produz por hora trabalhada. Segundo a Confederação Nacional da Indústria, esse índice cresceu apenas 0,6% ao ano entre 2002 e 2012 no Brasil.

Estão à frente em termos de produtividade Coreia do Sul, Taiwan, Cingapura, Estados Unidos, Japão, Espanha, Alemanha, França, Austrália, Canadá e Itália.

Esse índice reflete bem a situação dos serviços públicos no Brasil.

Minha experiência nesta semana junto a órgãos públicos me deixou sem esperanças de que, nesta vida, o atendimento no serviço público seja melhorado e que haja respeito ao cidadão.

As instituições têm equipe de atendimento sem capacitação técnica adequada, amarrada às burocracias. Há pouca gente para o número enorme de inquéritos e processos e os equipamentos são obsoletos ou estão quebrados.

Um serviço que poderia ter sido feito em dez minutos demorou uma hora. Nos 50 minutos que me foram roubados, o funcionário atendeu a 4 telefonemas e fiquei sabendo das dores nas costas, da falta de escrivães, da falta de serviços de limpeza e que o funcionário teve que pagar o selo para envio de intimações pelo correio.

Ele olhou para mim e perguntou: “A senhora entende por que está tudo atrasado, né?”

Não, eu não entendo. O governo leva uma parte significativa do que eu ganho trabalhando 18 horas por dia, muitas vezes aos sábados e domingos. Parte da minha remuneração é obtida por resultados atingidos. Se eu não trabalho, eu não ganho. Então, não, eu não entendo e não me solidarizo.

Falta organização dos processos e agilidade. Ninguém está preocupado em resolver o problema, só pedem para eu entender que é assim mesmo.

As pessoas só conhecem o seu trabalho e ignoram o restante da cadeia. Se soubessem, se interessassem ou fossem instruídos poderiam identificar formas de acelerar o processo. Aumentar a produtividade consiste em eliminar tarefas desnecessárias, capacitar funcionários, investir em tecnologia e focar na resolução de problemas.

Hoje, entretanto, minha esperança e fé na melhoria da produtividade no Brasil está em 0,6%.

Adriana Gomes é Mestre em Psicologia – UNIMARCO, pós-graduada em Psicologia Clínica, Psicóloga, (CRP 30.133), Coach certificada pela Lambent do Brasil e reconhecida pela ICC – International Coaching Community. Carreira de 25 anos nas áreas organizacional e clínica (Psicoterapia, Orientação de Carreira). Ex-vice-presidente do Grupo Catho, empresa onde atuou como Headhunter, Executive Search e Outplacement atendendo empresas nacionais e multinacionais de grande porte. Coordenadora Acadêmica da área de Pessoas dos Cursos de Pós Graduação da ESPM, Coordenadora do Centro de Carreiras da ESPM – Centro de Orientação de carreira para alunos dos cursos Master e MBA, Coordenadora do Núcleo de Estudos e Negócios em Desenvolvimento de Pessoas da ESPM, Professora no curso de pós-graduação da ESPM na Cadeira de Pessoas. Atuou como Professora do Instituto Pieron de Psicologia Aplicada no curso de Especialização em Orientação Profissional. Membro da ABOP – Associação Brasileira de Orientadores Profissionais. Autora dos Livros: Tô Perdido! Mudança e Gestão da Carreira editora Qualitymark – 2014 e Mudança de Carreira e Transformação da Identidade LCTE 2008. Atualmente colunista do Jornal folha de S.Paulo na seção Negócios e Carreiras, Colunista de Carreira da Rádio Bandeirantes – Coluna Carreira em Foco, foi colunista e colaboradora no portal EXAME.com, Blogueira dos sites HSM e Click Carreira, palestrante e Diretora do site www.vidaecarreira.com.br.
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