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Mudando o Padrão da Tristeza

Um assunto que continua em pauta: depressão, tristeza, melancolia e outras denominações para aquele sentimento de dor, amargura, que fazemos todo o possível para eliminar. A Lei: fugimos da dor, buscamos o prazer.

Existem fases em que parece não ser tão fácil lidar com isso, principalmente quando se acometem fatos pra lá de difíceis: perdas de entes queridos, doenças próprias ou da família, mudanças e rupturas dolorosas, enfim, são muitas situações que podem vir abruptamente, ou não, e causar uma dor profunda. Em relação a elas, o choque é grande, o “luto” necessário e o tempo se encarrega (na maioria das vezes)  de ajudar a diminuir esse sentimento de dor emocional tão grande que chega a ” doer no corpo”. São as “dores da alma”.

Um assunto que continua e não passa um dia sequer sem que, em qualquer veículo de informação esteja em pauta: depressão, tristeza, melancolia e outras denominações para aquele sentimento de dor, amargura, que fazemos todo o possível para eliminar. Lei da fisiologia cerebral: fugimos da dor, buscamos o prazer.

Mas existem outras situações, também dolorosas, das quais podemos, com disposição e vontade, ajudar a amenizar e até a eliminar o sentimento negativo. Algumas dicas simples, e que podem contribuir.  A tristeza, o negativismo, a falta de esperança, a insegurança – são exemplos.

Algumas técnicas podem “aumentar o bem-estar imediatamente”, como explicou o autor e pesquisador americano Shawn Achor. Seus trabalhos se basearam na ligação entre felicidade e sucesso, principalmente em grandes empresas como o Google. Achor também passou por uma experiência que certamente contribuiu para seus estudos: uma depressão.

Outra pesquisadora do assunto, a psiquiatra Elaine Henna, da USP, relata: “Bem-estar é a medida usada para o que chamamos de felicidade. Não é a busca por prazer, é algo mais ligado à paz interior”.

E cinco ações rápidas que Achor resumiu e que toma pouquíssimo tempo, podem aumentar o bem-estar imediatamente:

  • Três motivos para agradecer: gaste dois minutos por dia pensando em três coisas positivas que aconteceram nas ultimas 24 horas, porém, as coisas precisam ser bem específicas. Por exemplo: “sou grata por ter estado com meus filhos nesse dia e podermos nos abraçar.”
  • Relembrar experiência positiva: Mais dois minutos lembrando de uma experiência positiva, também ocorrida nas ultimas 24 horas e com detalhes.
  • 15 minutos de exercícios físicos: em casa, na rua ou onde for possível no momento.
  • Respirar, somente respirar, por dois minutos: a respiração é comprovadamente um aliado fundamental para relaxamento.
  • Gentileza consciente: dois minutos agradecendo (reconhecendo) alguém, seja pessoalmente, através de e-mail, telefone do círculo social. “A conexão social é a maior responsável pela felicidade a longo prazo”.

Muito simples e, de acordo com o autor, não há necessidade de praticar todas elas, mas “ter vários hábitos aumenta e sustenta o efeito positivo”.

E de tão simples, muitos podem duvidar da eficácia das técnicas, mas sabemos, hoje, que o nosso cérebro vai se moldando naquilo que se torna repetitivo em nossa existência, ou seja, de tanto praticar, vira padrão, e, que o ”afeto, seja ele positivo (alegria, paz, gratidão) ou negativo (angustia, tristeza, raiva), gera alterações cerebrais no sistema subcortical (mais “visceral”) e no cortical (mais racional). A reação emocional não compreende apenas o sentir, mas também é fisiológica”, completa Elaine. Se é assim, então que seja o positivo e o que nos traz bem-estar.

E como sempre, é uma escolha. E não é acreditar ou não, mas saber que a ciência já comprova, através de pesquisadores e cientistas de renome, que podemos contribuir para a melhoria da nossa qualidade de vida e elevar o índice de QA – Quociente de Adversidade, que é a capacidade que temos de lidar com os problemas da vida.

E por que não? Optar por realizar as técnicas já revela o nosso lado saudável e de bem com a vida. Um bom começo!

Eline Rasera Author
Eline Rasera, Bacharel em Psicologia e pós-graduada em Recursos Humanos pela FGV- Fundação Getulio Vargas, é especialista em Psicologia Organizacional pelo CRP – Conselho Regional de Psicologia e Coach pelo ICI – Integrated Coaching Institute. Realizou estudos sobre “A Biologia do Observador e suas Crenças” na Escola Européia de Coaching em Lisboa; coordenou o setor de Gestão de Pessoas em empresas de grande porte por mais de 25 anos. Professora do curso de pós-graduação da FGV da área de Administração de Empresas e sócia diretora da Consultoria Anel Gestão de Pessoas.
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