fbpx

Fragilidade x Empreendedorismo

Empreender não é para os fracos! Neste universo não existe espaço para fragilidade. Será mesmo?

Empreender não é para os fracos! Neste Universo não existe espaço para fragilidade. Será mesmo? Antes de tudo somos seres humanos e isso significa que sim, vamos sofrer, nos empolgar, decepcionar, comemorar cada conquista e aprender com os erros. Essa definição se aproxima mais com a resiliência, outro conceito que é extremamente utilizado para definir os empreendedores.

Já tratei sobre a resiliência em outros artigos e o termo está cada dia mais comum, mas meu foco aqui é falar de um ponto ainda pouco abordado, o oposto da fragilidade. Como assim? De imediato, responda: qual é o oposto de frágil? Acredito que a maioria das pessoas responderiam robusto ou resiliente.

Existe o frágil, o robusto e existe o antifrágil. Quando o frágil sofre um impacto externo ele se quebra; O robusto resiste aos impactos externos; Já o antifrágil, além de resistir ao extremo, melhora quando sofre esse impacto. Note o quanto este conceito é muito forte! Será que algum empreendedor já se identificou em um momento assim?

O termo antifrágil foi criado por Nassim Taleb que em seu livro [Antifrágil: Coisas que se beneficiam com o caos], basicamente descreveu a realidade ou algo muito próximo do cotidiano de quem decide empreender. Para o autor o conceito está atrelado a alguma coisa que se beneficiará quando ocorrer algum evento que traga desordem, medo, ameaça, struggle (quando o próprio CEO começa a duvidar da sua capacidade para estar ali; a família dá conselhos para arrumar emprego. Esgotados ou quebrados, muitos caem nesta fase), ou algum outro adjetivo que lembre de algo como o desespero, o caos.

O que pode ser e o que pode não ser antifrágil? Note que se trata de um estado específico de uma pessoa, de algo ou até mesmo uma empresa. E como isso pode ser aprendido? Somos antifrágeis apenas e se resistirmos aos impactos fulminantes, mais que resistir, conseguir inclusive melhorar após esse advento. Por exemplo, trabalhar com os extremos é uma maneira de expor a empresa, mas isso tanto pode dar muito errado, como pode gerar na sequência, resultados grandiosos. As startups lidam diariamente com desafios, dissabores e inconstâncias que precisam ser superadas, administradas e melhoradas constantemente. Isso significa, então, que podemos assumir que as coisas que de fato podem ser antifrágeis em sua essência, mas que também podem ser aprendidas através de estratégias e estado de consciência.

Como tudo na vida é preciso encontrar o equilíbrio, em minha opinião, nada em extremo faz bem, seja um exercício físico além de sua resistência e preparo, até uma postura radical em sua empresa. Mas saber entender e se manter antifrágil, vai te trazer preparação para enfrentar qualquer coisa, inclusive aquela péssima sensação de “fim do túnel”, que certamente vai acontecer pela frente.

Como dizia o eterno Rocky Balboa, a vida não é sobre quanto você bate, mas o quanto você aguenta apanhar, sobreviver e ganhar a luta.

Os melhores Empreendedores não são inquebráveis, são ANTIFRÁGEIS e tentam sempre se beneficiar do CAOS, de alguma forma.

Não existe receita de bolo, mas é um exercício e aprendizado constante.

Pense nisso!

João Kepler Author
João Kepler Braga é um Empreendedor Serial; Especialista em Comércio Eletrônico, Marketing Digital, Empreendedorismo e VENDAS; Escritor e autor dos Livros: “O vendedor na Era Digital” e “Vendas & Atendimento”; Investidor Anjo, ex-conselheiro da Anjos do Brasil; Conselheiro da GCSM Global Council of Sales Marketing; Associado e Mentor na Seed Investimentos; Cotista e Mentor na Aceleradoras Start You Up e 85 Labs; CEO no Show de Ingressos que é a melhor Plataforma B2B de Event Ticketing Brasileira; Blogueiro e Colunista de diversos Portais no Brasil; Palestrante internacional; Premiado como um dos maiores Incentivadores do Ecossistema empreendedor no Brasil; Espalhador de Ideias Digitais e Melhores Práticas em Negócios.
follow me
Neste artigo


Participe da Conversa