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Feedback sem juízo de valor

Um dos grandes desafios do líder é gerar resultados com equipes engajadas e autorresponsáveis. Com seu estilo de liderança, ele busca potencializar a equipe para dar seu melhor. Mas e quando a performance não vai bem?

Um dos grandes desafios do líder é gerar resultados através de equipes engajadas e autorresponsáveis. Cada líder, através do seu estilo de liderança, busca potencializar sua equipe, para dar o seu melhor. Mas e quando a performance não vai bem?

Entra em cena uma das ferramentas mais conhecidas pelos colaboradores: feedback. Parece nos tempos atuais algo tão batido, tão conhecido, mas o que avalio do mercado, nos profissionais é um gap enorme em qual melhor caminho a seguir.

A maioria das pessoas conhece o seu conceito, mas não tem eficácia na sua execução. Ao invés de engajar e mudar a atitude, gera conflitos e desmotivação.

Um formato prático e com resultados extraordinários é o feedback sem juízo de valor. Algo que busca a metodologia da comunicação não violenta, atuando com empatia e comunicação assertiva.

Quando nos vemos em uma situação com um colaborador que não entrega resultados, tendemos a criar de acordo com nossa avaliação, um julgamento sobre aquela pessoa. E o produto final deste caminho é resumir a pessoa em um rótulo.

O seu rótulo é baseado no seu juízo de valor que atribuiu com uma situação que você avalia certa ou errada. E o ato de rotular, cria uma barreira na conexão com o outro, uma vez que na maioria das vezes, não dá espaço para diálogo e um novo olhar.

Por exemplo, um colaborador sempre chega atrasado nas reuniões e perde prazos alinhados com os clientes. Isso é uma dificuldade que ele possui, mas você chega no seu juízo de valor com base nas suas experiências que ele é um folgado e irresponsável. Durante a sessão de feedback, naturalmente trazemos o rótulo que ao invés de engajar o outro, conecta as emoções mais adversas possíveis; virando um bate / rebate de justificativas e nada de construção de plano de ação.

Experimente o caminho do feedback sem juízo de valor. Onde você apresenta fatos com exemplos e não julgamentos. Procure utilizar a empatia para compreender o que ocorre com o outro para saber apoiá-lo no desenvolvimento. Empatia que normalmente as pessoas falam que é se colocar no lugar do outro, dá uma impressão de aceitar de tudo e virar o amigão; mas isto está totalmente errado.

Empatia é compreender o contexto e emoções do outro sob a perspectiva dele, para assim identificar a forma como ele se conecta e expressa para dar o melhor caminho a seguir com exemplo claros e práticos. Com isso, a mudança de mindset, hábito e resultados muda completamente.

No caso do exemplo, procure trazer o fato com exemplos: Olha, gostaria de compreender de que maneira podemos melhorar as entregas. Você chegou atrasado nas 4 últimas reuniões com clientes, atrasando os prazos das propostas em 4 dias. De que maneira podemos ajustar para que possamos evitar riscos para o negócio e você possa crescer nesta troca com o cliente?

É totalmente diferente de trazer rótulos e julgamentos repletos de emoção. Gera conflitos muitos mais construtivos e gestor e colaborador, podem estabelecer uma relação de confiança e autoresponsabilidade.

O feedback é uma ferramenta grandiosa de transformação, mas que utilizada da maneira errada, pode gerar baixa performance, prejuízos para o negócio e, mais do que isso, perder a oportunidade de apoiar uma pessoa a ser cada vez melhor. Dê esta oportunidade a você e a quem recebe seu feedback.

Aline Gomes Author
Aline Gomes é uma inquieta que adora potencializar a performance dos profissionais. Psicóloga, Pós Graduada em Administração de Empresas com 5 certificações em Coaching, atuou por mais de 10 anos como Executiva de RH com projetos estratégicos no Brasil e América Latina. Atualmente é empreendedora na Make Different, Head dos cursos in company da Escola Conquer e professora do Leadership Experience. É criadora do Sacadas de Carreira, blog que gera conteúdos para acelerar a carreira dos profissionais.
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