Todo final de ano vejo as pessoas levarem seus sonhos para a praia, em Copacabana, onde diante do mar pedem para as ondas acompanharem seus sonhos, na ilusão de que no ano que se inicia tudo vai ser diferente, ou seja, o mar vai executar aquilo que é nossa prioridade.
Na verdade, tanto as pessoas e as organizações falham na execução de suas maiores prioridades.
Na ilusão de que as coisas irão acontecer esquecem de que nada será fácil se não executarmos aquilo que planejamos.
Organizações fazem planejamento estratégico maravilhoso, em busca de um resultado, mas ficam dando volta e o resultado não sai, porque falham na execução.
Tenho lido vários autores, entre eles Ram Charam, Gary Harpst e outros, que dedicaram um livro inteiro sobre a Execução, e percebo que eles falam em disciplinas da execução, e não me parece fácil praticar a execução.
Entre as disciplinas, estão: Missão ou Propósito, Mensurar, Transformar as ações em Placares, e ainda, talvez a mais difícil, conseguir a responsabilidade dos colaboradores em transformar as ações em executar as prioridades, e ainda, acrescento o problema da liderança, da administração do tempo, e outras que veremos.
Lendo o livro de Gary Harpst, que fala sobre “Execução Revolucionária” chamou-me atenção as disciplina dessa Execução, diferente de outros autores: Execução Revolucionária: Programas de Qualidade; Melhorias e Práticas de Processos de Negócios; Ferramentas de Produtividade Pessoal; Business Intelligence; Formulação de Estratégia; Desenvolvimento das Comunidades Virtuais e Coaching.”
Ele diz: “Hoje os líderes de empresas de pequeno e médio porte, sem praticamente sistema algum, têm a oportunidade de atingir uma nova categoria no campo da excelência. Isso é viabilizado por um programa completo de execução de estratégia que reúne, em uma combinação acessível, tudo o que é necessário para uma execução de estratégia equilibrada.”
Concordo plenamente com o Gary e também com Charam, mas como coach vejo tanto nas equipes, organizações e pessoas, um medo de fazer essa execução. Alguns motivos levam as organizações e pessoas não executarem seus sonhos ou prioridades, ou ainda seu propósito: Desculpas da falta de tempo, dia a dia tomado com tanta urgências, mas tudo isso, no meu modo de ver, é na verdade falta de iniciativa, ou seja, sair da inércia, falta de criatividade, por conta de sistemas computadorizados que quase fazem tudo, só não tomam decisão, e por falta de entusiasmo.
E continua dizendo: “Nós criamos as Six Disciplines, já escritas acima, com o intuito de acelerar a Execução Revolucionária. Nossa missão é estudar os desafios, compreender as barreiras, criar e oferecer um programa holístico otimizado para a execução de estratégia. “
Outra vez o Gary está certo, pois o ser humano é feito de quatro dimensões: A Mente, O Corpo, O Coração e o Espírito, e como diz Stephen R. Covey, em seu livro “Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes” estas quatro dimensões trazem ao ser humano algumas necessidades básicas, como também para as organizações.
Gary, em seu livro, continua falando sobre a Execução Revolucionária: “Hoje, vivemos o momento ideal para uma abordagem de última geração. É importante ressaltar que nossos avanços nessa área tiveram como base o trabalho de outras pessoas. Ao longo da últimas décadas, identificamos sete áreas em que houve avanços no aperfeiçoamento empresarial e que proporcionam as condições ideais para a criação da plataforma do que chamamos de Execução Revolucionária.”
Cronologia da Execução Revolucionária por Gary Harpst:
- Programas de Qualidade: 1948 é criada a American Society for Quality Control; 1950 movimento em prol do aperfeiçoamento contínuo (Kaizen) ocorre no Japão; Décadas de 1940 e 50 Edwards Deming defende o movimento pela qualidade; 1961 surge o controle da Qualidade Total ( que acaba levando à Gestão da Qualidade Total); 1987 surge o programa da qualidade Seis Sigma na Motorola, cria-se o Malcon Baldrige National Quality Award, surge também, a ISO-9000 e 1990 aparece o conceito da Produção Enxuta e ainda, surge o conceito da Reengenharia.
- Softwares de Produtividade: 1982 Visicalc; 1983 Lotus 1-2-3; 1986 o e-mail ganha força; 1989 Microsoft Word; 1990 Microsoft Office e 1993 Microsoft Excel.
- Softwares de Processos de Negócios: Década de 1980 o primeiro software ERP; década de 1990 o primeiro software de gestão de relacionamento com o cliente (CRM) e 2004 software como serviço.
- Business Intelligence: 1989 surge o conceito BI; 1993 o processamento analítico On-Line (OLAP) e na década de 1990 surgem os dashboards digitais.
- Livros mais vendidos na área de aperfeiçoamento empresarial: 1982 Vencendo a crise – Peters e Waterman; 1989 Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes – Covey; 1990 A Quinta Disciplina – Senge; 2001 Empresas Feitas para Vencer: Great to Great – Collins.
- Formulação de Estratégia: 1980 Estratégia competitiva de Michael Porter; 1982 Kaplan e Norton lançam o conceito de Balanced Scorecard e 1986 “What is Strategy? de Michael Porter.
- Comunidade da internet: 1990 o primeiro navegador da web; 1994 A Word Wide Web deslancha; 1986 o Comércio Eletrônico na WWW se inicia e 2005 a Banda Larga ganha força.
- Coaching: 1999 a ICF tem 2100 coaches; 2001 a prática de coaching ganha força e 2006 a ICF tem 11 mil coaches.
Bem, vimos como historicamente a Execução depende muito da criatividade, do entusiasmo, da força de vontade de cada um e cada segmento e de perder o medo de vencer.
Imaginem, então, se fôssemos continuar contando essa história nos dias de hoje, pois desde 2006 até hoje, início de 2017, quanto já se andou por conta da tecnologia?
Como Coach profissional, tenho lutado muito com meus clientes (coachees) para que coloquem em prática suas prioridades, que estão ligados aos seus sonhos, e que esses não fiquem na área nebulosa do se …, mas que vire uma missão e aí em planejamento estratégico e por fim a execução das suas prioridades.
Pensem nisso este ano, para que no próximo em vez de ir à praia levar seus sonhos, use as ferramentas disponíveis e faça suas metas se tornarem realidade.
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