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Dominar e conviver

Estar no controle ou ser submisso não é um relacionamento. Muitas vezes isso ocorre sem que a pessoa se dê conta. O medo, a insegurança e a falta de intimidade fazem com que isso aconteça.

Depois de assistir a dois filmes nesse final de semana eu parei pra pensar sobre como relacionamentos, às vezes, não são relacionamentos. Estar no controle de algo ou ser submisso não é um relacionamento e isso pode acontecer com seus pais e também com seu namorado/a. E muitas vezes isso ocorre sem que a pessoa se dê conta. O medo, a insegurança e a falta de intimidade fazem com que isso aconteça. Como já dizia a banda O Rappa: Paz sem voz não é paz, é medo. Acho que exemplificando com os filmes conseguiremos entender melhor.

Um deles foi “A Sociedade dos Poetas Mortos”, um dos atores principais era o Robin Williams, aquele ator que se suicidou há dois meses. Foi por causa dele que eu resolvi procurar o filme. Ele faz o papel do professor de literatura em um internato super tradicional, onde ele consegue “quebrar” um pouco a monotonia das aulas com seu método de ensino um tanto particular para o internato.

Por causa dessa tradicionalidade do internato os alunos não tinham uma relação com seus professores e foi justamente essa relação que Robin Williams fez com que o professor criasse com os alunos e por causa dela mudou toda a história do internato para sempre. Além de ser um romântico e amar o seu trabalho, é claro.

O relacionamento criou, entre os alunos, uma amizade muito mais forte e coragem para ser o adolescente que os personagens vivam. O professor acreditava em um desenvolvimento muito mais humano do que simplesmente preparar os alunos para o vestibular, como era tradição no internato. Isso foi o que fez o final trágico do filme, que não serei estraga prazeres de contar a vocês. Ser submetido a ordens, a um clima de insegurança e não intimidade faz com que temos uma falsa ideia de relacionamento, já que este não existe de jeito nenhum nessas circunstâncias.

O outro filme foi “Ela”, ocorre em uma era futurística onde foi possível que o ator principal se apaixonasse por seu computador depois que neste foi configurado um sistema operacional (inteligência artificial).

Nesse caso ocorre o contrário do contado no filme anterior, o ator principal está totalmente sob controle, já que a máquina é sua e nos primeiros meses só vive e conhece o que ele lhe conta e mostra como realidade, porque depois que a máquina toma conta de seu próprio conhecimento, adivinha o que acontece? Ela o deixa sozinho novamente. Não era um relacionamento, não havia liberdade pelo lado da máquina e quando houve, ela fez exatamente o que qualquer pessoa faria: viveria a sua vida e teria suas próprias experiências.

Bruno Sales Author
Bruno Sales é Estudante esforçado, entusiasta intelectual e conversador. Estudante de Economia, escritor amador e apreciador de Filosofia e Matemática. Sonha publicar o livro que vem trabalhando faz anos; a médio prazo, adquirir independência financeira e reconhecimento intelectual; a longo prazo, mudar o mundo.
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