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Conversando sobre Valor Compartilhado

Quando compartilhamos aquilo que nos é essencial, seja num ambiente familiar, escolar ou organizacional, possibilitamos a descoberta de novas conexões, novas malhas com o que também é indispensável ao outro.

Vamos ao ambiente escolar. Quais valores o professor vivencia em si para que o aprendizado dele e do aluno sejam compartilhados? Considere o valor conhecimento: ele comunica o desprendimento daquela função docente centralizadora que está no passado. Com a informação em todo lugar e acessível há qualquer momento: o professor obtém mais resultados partilhando vivências como mediador entre centros de interesse e relações humanas.

Agora com o olhar ao valor aprendizado no mesmo ambiente. Como alcançar as famílias neste contexto? Como conciliá-las àqueles – por exemplo, próximos degraus acadêmicos e às empresas – que acolherão os alunos em um breve futuro? Há como vincular esses múltiplos enlaces na direção do desenvolvimento da pessoa-aluno? Certamente sim.

Vamos às organizações. O valor compartilhado é um dos panos de fundo aos formatos humanizados e conscientes das ações: consumir, inovar, criar, empreender e partilhar riqueza. Ele contribui às releituras de modelos econômicos que se encontram esgotados. Por meio dele, os motivos pelos quais as pessoas escolhem serviços/produtos podem contribuir às soluções de problemas/situações vigentes.

Há empresas do agronegócio que investem na capacitação do pequeno produtor e que contribuem para que a produção seja vendida com maior agilidade e qualidade. Elas também investem nas tecnologias: do plantio, da colheita e da entrega da produção à cooperativa escolhida; esta, por sua vez, devolve insumos e dividendos da riqueza comercializada. Em um elo final: divulga e promove os produtos na sociedade – também por meio de ações humanitárias, possibilitando releituras à distribuição dos ganhos. Quais valores foram compartilhados nesse encadeamento?

Um banco pode compartilhar valores por meio de linhas de crédito que visam o desenvolvimento de cadeias de serviços. Para tanto, há o mapeamento e a ocorrência do vínculo entre todos os envolvidos. Por exemplo, um fabricante de sorvete amplia as vendas e a produção. Precisa de mais leite e ingredientes vindos de um laticínio familiar; este por sua vez precisará contratar mais pessoas para atender essa demanda. Na comunidade ao redor a mão de obra que estava ociosa acaba de ser contratada.

Quando compartilhamos aquilo que nos é essencial possibilitamos a descoberta de novas conexões, novas malhas com o que também é indispensável ao outro. Trata-se da disposição ao querer e ao fazer o bem a algo ou alguém por meio de ações que estão conosco desde sempre; há um valor e uma crença mãe que nutre essas possibilidades: o amor.

Leandro Alves da Silva é Gerente de Desenvolvimento Humano Organizacional na First Peopleware e atua desde 2011 em Coaching-Mentoring-Counseling, palestras e treinamentos customizados. Doutor em Educação pela FEUSP e Master Coach pelo BCI.
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