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Conquistando força e poder pessoal!

Aplique-se com atenção e cuidado em ajudar seu cliente a identificar como ele trata os problemas típicos de estresse ou de crenças limitantes, percorrendo alguns pontos-chave importantes.

Há exatamente um ano, dois médicos americanos publicaram um livro abordando o tema “Resiliência” e ensinando o que fazer para alcançar uma vida melhor (The Power of Resilience: Achieving Balance, Confidence, and Personal Strength in Your Life – Robert Brooks e Sam Goldstein). Logo depois, eles divulgaram um estudo em que incluíram passagens de outro livro de ambos, com o título The Power to Change Your Life: Ten Keys to Resilient Living. Eu já comentei antes sobre Resiliência, mas como esse é um tema de enorme interesse dos leitores, também é oportuno ter as portas abertas para novidades a respeito.

Já de início, vale adotar uma conceituação para a expressão, sendo que uma das mais simples encontra-se no Wikipedia: Resiliência é um conceito psicológico emprestado da Física, definido como a capacidade de a pessoa lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão em situações adversas – choque, estresse etc. – sem entrar em surto psicológico. Enfim, resumidamente, é a maneira como alguém toma uma decisão em situação de adversidade, mantendo a vontade de vencer e/ou ter sucesso.

Com essa forma de interpretar a Resiliência, cria-se clara aproximação com o Coaching, principalmente pelo fato de que uma das aplicações do processo está em ajudar as pessoas a superarem problemas de autoestima e crenças negativas. Os dois autores citados apontaram dez pontos-chave para garantir que a postura resiliente esteja presente na vida de uma pessoa, mas quero dar especial destaque a três deles. Para Brooks e Goldstein, as pessoas devem sempre refletir sobre a forma com que abordam os seus problemas, analisar os comportamentos usualmente presentes no cotidiano e, ainda, precisam considerar mudanças que podem levar a uma vida gratificante.

Conforme os autores, o Instituto Gallup editou um estudo em que cerca de 80% da população do mundo convive com períodos frequentes de estresse, daí derivando problemas crônicos de comportamento e de relacionamento. Brooks e Goldstein afirmam que, ao reconhecer que o estresse tem efeito sobre sua vida, qualquer pessoa estará mais bem preparada para administrá-lo. Um cuidado em especial é que ser resiliente não significa eliminar todos os riscos ou condições adversas, mas sim saber lidar com essas condições de forma eficaz.

Portanto, eis aqui uma lição importante ao Coach: aplique-se com atenção e cuidado em ajudar seu cliente a identificar como ele trata os problemas típicos de estresse ou de crenças limitantes, percorrendo os pontos-chave que os autores apresentaram em sua pesquisa. Ao ler cada um dos pontos-chave a seguir, pergunte-se se está ou não praticando a orientação dada. E lembre-se que o estilo de vida influencia a eficácia com que o estresse é gerenciado pela pessoa resiliente, pois ser resiliente começa por ser realista e honesto consigo próprio.

Como primeiro ponto-chave, o Coach deve reescrever os roteiros negativos de vida do seu cliente. Muitas pessoas prendem-se a um roteiro em que se limitam face ao estresse ou problemas inesperados. Trabalhe no sentido de o cliente identificar os roteiros negativos e o que precisa mudar; a definir as metas de curto e médio prazo e, ainda, a entender que mudanças só existem para quem é ativo participante da própria vida.

O segundo ponto fundamental é para que o processo de Coaching contribua na descoberta das razões que são significativas para gerar estresse, ao invés de ser dominado por razões pouco importantes e sem sentido. As pessoas resilientes olham para as situações difíceis como parte esperada da vida. Quando surgem tais situações, elas são desafios a enfrentar e aprender, ao invés de estresse para acumular. O cliente vai viver muito melhor se tiver foco no que depende diretamente de si próprio, ao invés de olhar a felicidade como derivada da decisão de outra pessoa, algo sobre o que não se tem controle.

E como terceira questão, a pessoa resiliente é capaz de ter empatia e ver o mundo pelo olhar dos outros. Para fazer crescer a empatia, o cliente deve refletir a respeito da pergunta: “Será que eu me comporto em relação aos outros da mesma forma como eu gostaria que eles se comportassem em relação a mim?”.  E, para complemento, ainda vem a pergunta: “Que reações ou atitudes minhas poderão melhor envolver e ativar as outras pessoas?”.

Se você, como Coach, organizar uma linha mental como essa (descrita acima) para motivar a Resiliência em seu cliente, pode ter certeza que aí criará um efetivo começo na superação de dificuldades e problemas naturais, que todas as pessoas enfrentam corriqueiramente. Boa sorte.

Mario Divo Author
Mario Divo possui mais de meio século de atividade profissional ininterrupta. Tem grande experiência em ambientes acadêmicos, empresariais e até mesmo na área pública, seja no Brasil ou no exterior, estando agora dedicado à gestão avançada de negócios e de pessoas. Tem Doutorado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) com foco em Gestão de Marcas Globais e tem Mestrado, também pela FGV, com foco nas Dimensões do Sucesso em Coaching (contexto brasileiro). Formação como Master Coach, Mentor e Adviser pelo Instituto Holos. Formação em Coach Executivo e de Negócios pela SBCoaching. Consultor credenciado no diagnóstico meet® (Modular Entreprise Evaluation Tool). Credenciado pela Spectrum Assessments para avaliações de perfil em inteligência emocional e axiologia de competências. Sócio-Diretor e CEO da MDM Assessoria em Negócios, desde 2001. Mentor e colaborador da plataforma Cloud Coaching, desde seu início. Ex-Presidente da Associação Brasileira de Marketing & Negócios, ex-Diretor da Associação Brasileira de Anunciantes e ex-Conselheiro da Câmara Brasileira do Livro. Primeiro brasileiro a ingressar no Global Hall of Fame da Aiesec International, entidade presente em 2400 instituições de ensino superior, voltada ao desenvolvimento de jovens lideranças em todo o mundo.
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