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Conflito: Fuga ou Agressão?

Há diferenças entre todas as pessoas. Cada uma pensa, reage, sente, emociona-se, percebe, imagina, tem experiências e conhecimentos próprios. Nós fazemos escolhas e temos opiniões contrárias e incompatibilidades, o que faz com que nossa vida e nosso desenvolvimento estejam sempre em evolução.

Uma das coisas que me deixam intrigada é o que acontece com as pessoas que têm medo dos conflitos e de enfrentá-los de forma direta. Elas ignoram o evento, as pessoas e tudo que está envolvido. As pessoas que temem o conflito tendem a abandoná-lo e se menosprezam no processo, não valorizando seus próprios interesses.

Já outras pessoas não têm medo do conflito e são agressivas ao extremo, podendo atropelar, no sentido figurado da palavra, machucar, ofender, podendo ser egocêntricas, valentonas e arrogantes.

Outro lado que percebo nos conflitos é que, às vezes, o lugar de vítima da situação é mais confortável do que o enfrentamento.

Existem diferenças entre todas as pessoas. Cada uma pensa, reage, sente, se emociona, tem sentimentos, percebe, imagina, tem experiências e conhecimentos próprios. Fazemos escolhas conforme todo esse arcabouço. Além disso, temos opiniões contrárias e incompatibilidades, o que faz com que nossa vida e nosso desenvolvimento estejam sempre em evolução.

Entra-se em conflito quando alguém vivencia as diferenças de modo a sentir-se impedido pela ação do outro, e assim não vive as próprias imaginações, sentimentos ou o que faz sentido para ele.

Quando se entra em conflito, surje uma barreira na capacidade de percepção e com isso as pessoas envolvidas criam diferentes imagens da realidade, levando à agressão e fazendo as diferenças aumentarem; como a coisa não para aí, o outro se inflama, tornando o problema e as agressões ainda maiores. As pessoas envolvidas no conflito não percebem as seguintes modificações na área:

  • a atenção torna-se seletiva;
  • incômodos sobre o outro se sobressaem;
  • a percepção do tempo é prejudicada;
  • acontecimentos são distorcidos e percebidos de maneira enviesada;
  • situações e coisas complexas são percebidas de forma simplista;
  • só se vê aquilo que se deseja ver, com base nas próprias crenças e modelos.

Nos conflitos as pessoas costumam ver tudo em branco e preto: generalizam, entram na polarização. A grande questão dos conflitos, além das percepções difusas, embaçadas e distorcidas, é que eles também se tornam fixos e se aprofundam cada vez mais, ficando difícil mudar. Conforme o conflito vai crescendo, as imagens que os envolvidos formaram um do outro vão desfocando cada vez mais, assim como a visão da pessoa real.

Conforme o conflito aumenta, cada vez mais cresce a armadura que os envolvidos se colocam e também a desconfiança; com isso o que era positivo no outro deixa de existir, e vice-versa.

Ter diferenças não é problema; a questão é como cada um lida e convive com elas.

O incômodo provocado pelo conflito é ruim, sim, e também é importante para aprendermos a regularizar nossas emoções e a lidar com as diferentes formas de pensar, sentir, agir, querer e viver.

A solução do conflito só poderá surgir quando ambos puderem abrir um espaço de permissão interna e aí baixar as barreiras. Mas baixar as barreiras não significa que haverá um vencedor ou perdedor, e, sim, que ambos poderão encontrar soluções que permitam com que voltem a conviver de forma harmoniosa.

O que muitos não sabem é que o não enfrentamento dos conflitos pela fuga ou pela reação agressiva fará com que as situações voltem para que sejam vivenciadas novamente até que a pessoa perceba a importância de lidar com elas.

Wania Moraes Troyano possui MBA em Gestão de Negócios e Coaching, Pós-Graduada em Dinâmicas dos Grupos Administradora de Empresas e Pedagoga, com mais de 30 anos com sólida carreira corporativa em empresas multinacionais e em cargos de gestão e assessoria executiva. Foco em Desenvolvimento Humano, especialista em CNV-Comunicação Não Violenta, Coach em Resiliência, Profissional, Vida e Executivo, Neurocoaching, mentora e supervisora para líderes e coaches, com mais de 1000 horas em processos de Coaching. Facilitadora de Grupos. Especialista nos assessments de Estilos de Liderança e Resiliência. Palestrante e Facilitadora de Grupos. Facilitadora em Barras de Access – Expansão da Consciência. Co-autora do livro Coaching Aceleração de Resultados, Capítulo Quantos Antes Melhor! Programa Mulheres Poderosas, na alltv.com.br, todas as terças-feiras, 15h00 às 16h00. Voluntária em programas de Jovens Aprendizes.
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