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Competir ou diferenciar-se, eis a questão!

O que é mais importante para você, competir ou diferenciar-se? Como é possível competir sem se diferenciar? E para que se diferenciar se não for para competir, certo? Não é à toa que se fala tanto em “diferencial competitivo”.

Antes de iniciar a leitura deste artigo, responda: o que é mais importante para você, competir ou diferenciar-se? Talvez você se sinta dividido em ter de escolher entre uma coisa e outra, já que, para muitas pessoas, elas parecem inseparáveis. Afinal, como é possível competir sem se diferenciar? E para que se diferenciar se não for para competir, certo? Não é à toa que hoje em dia se fala tanto em “diferencial competitivo”.

Pois eu acho que competir e diferenciar-se são coisas opostas. Se você escolhe competir, terá dificuldades em se diferenciar. Se escolhe diferenciar-se, deixa de competir. Muito estranha a minha teoria? Então deixe-me explicá-la e talvez você me dê razão.

Veja, enquanto você estiver preocupado em competir, sua tendência será fazer o que todo mundo faz para atingir determinado resultado. Se por exemplo seus “competidores” fazem certos cursos, leituras e treinamentos, você se sente na obrigação de fazer também, pois não quer ficar em situação de desvantagem. A ideia de competir, na verdade, só fará você se comparar aos outros constantemente e seguir as famosas “tendências do mercado”. Mas desde quando seguir “tendências” é se diferenciar? Seguir “tendências” é se comoditizar, isso sim!

Em vez de competir, você deveria se preocupar mesmo é em concorrer, ou seja, “correr com”, correr junto. Isso significa ter consciência de que cada profissional é único em suas habilidades, potenciais, pontos fortes e fracos. E assim como cada um é único, sua trajetória de desenvolvimento também é única, suas oportunidades e necessidades são únicas, sua carreira é única. A ideia de concorrer nos deixa mais livres para ser nós mesmos e seguir nosso próprio caminho, sem termos de ficar nos comparando com os outros o tempo todo. Isso torna mais fácil descobrir e explorar o nosso diferencial.

Agora, o que entendo por “diferencial” não é aquilo que temos “a mais” quando competimos (o tal do diferencial competitivo), e sim uma característica única, um traço pessoal inimitável, uma marca registrada, algo que nos distingue dos outros. Diferencial é aquilo que só nós sabemos fazer ou fazemos de um modo todo especial; geralmente está ligado a experiências de vida que tivemos, habilidades que desenvolvemos ou talentos que possuímos.

Não é segredo para ninguém que apostar no diferencial profissional é a chave para uma carreira bem-sucedida. O problema é que muitas pessoas têm dificuldade em reconhecer o que têm de diferente, já que estão muito acostumadas a se comparar com os outros. Um caso que considero típico é o de um gerente de compras que andava desanimado com a falta de perspectivas de carreira, apesar de todos os esforços que fazia para manter-se competitivo. Em um desabafo com o chefe, disse que estava pensando em mudar de área – e o chefe, preocupado em manter um bom funcionário, argumentou: “Você tem futuro aqui, é o melhor negociador deste departamento”. A conversa serviu para indicar ao gerente de compras qual era o diferencial dele. A partir daí, investiu em sua habilidade de negociador, mudou para a área de vendas e sua carreira enfim deslanchou.

Moral da história: se você não consegue perceber qual é o seu diferencial, preste atenção no que os outros dizem a seu respeito. Pergunte que qualidades veem em você, repare nos elogios que recebe, identifique aquilo que você faz como ninguém. Uma vez que tenha descoberto seu diferencial, por favor, invista nele. E não se preocupe tanto em competir, pois você estará sendo você mesmo – e não há “diferencial competitivo” melhor do que esse.

Há mais de 18 anos no mercado de palestras, Leila Navarro conquistou sólida carreira no Brasil e no exterior. Suas palestras já foram assistidas na Espanha, Chile, Uruguai, Panamá, Japão, México, Peru, Paraguai, Colômbia, Angola e Portugal. No Brasil, segundo a Revista Veja, integra o ranking dos 20 mais notáveis palestrantes brasileiros. Entre suas premiações, em 2013 foi a única mulher eleita Top5, na categoria palestrante, do Prêmio Top ofMind Estadão RH, o Oscar do RH, o mais prestigiado e desejado prêmio do mercado. Em 2005 levou em primeiro lugar! Também obteve o Prêmio de 100 fornecedores de RH – Categoria palestrante do ano 2009. Autora de 16 livros, entre eles, “Autocoaching de carreira e de vida”, “Talento para ser Feliz”, “A vida não precisa ser tão complicada”, “O poder da superação”, e seu mais novo lançamento o “Virar o Jogo” , além de diversos e-books, artigos e diversas participações para a mídia em geral.
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