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Como encontrar equilíbrio no processo de delegação?

Delegar ou não delegar? Quais são os seus medos ao delegar uma tarefa? Vale a reflexão!

Quando pensamos em delegar uma tarefa ou o poder para tomada de uma decisão a alguém, comumente, a imagem que criamos é binária, ou seja, delego ou não delego?

Jurgen Appelo, em seu livro Management 3.0, propõe sete níveis de delegação, considerando o grau de maturidade do liderado ou da equipe.

São eles:

  1. Dizer. Neste nível, o líder toma a decisão e espera que o time a execute. Ainda que possa explicar sua motivação, ele não espera que sua escolha seja contestada ou questionada;
  2. Vender. Ainda que a decisão esteja tomada, neste nível, o líder tenta convencer a equipe do melhor caminho a seguir, tentando buscar o envolvimento de todos.
  3. Consultar. A decisão é tomada pelo líder após ouvir a equipe a respeito da questão. Ainda que ele tome a decisão, as demais opiniões são consideradas;
  4. Concordar. Neste nível, o líder busca o consenso do grupo sobre a melhor decisão a ser tomada;
  5. Aconselhar. Exercendo papel similar ao de um mentor, o líder apresenta a sua opinião sobre o melhor caminho a seguir, ainda que a equipe possa decidir por si só;
  6. Perguntar. A equipe decide, mas oferece respostas ao líder sobre a motivação acerca da decisão tomada. Como um espelho do nível 2 – Vender, neste nível é a equipe quem tenta convencer o líder;
  7. Delegar. Finalmente, neste nível, a equipe decide e o líder sequer toma conhecimento sobre a decisão.

Nesta perspectiva, quando falamos em ‘empoderar’ alguém, queremos dizer que esta pessoa tem as competências necessárias para executar a tarefa ou para tomar a decisão requerida no contexto necessário e conferimos a ela o poder legal ou autoridade para isto.

No caso de uma equipe, é importante investir em ‘gestão à vista’, criando um quadro em que todos os envolvidos tenham visibilidade sobre quem é responsável por determinada tarefa ou decisão de maneira transparente.

O processo de delegação, por vezes, nos prega peças e caímos em algumas armadilhas. Entre elas, a de acreditar que, como líderes, tomamos a melhor decisão sempre e a de que é mais rápido decidir sozinho. Precisamos olhar para este processo como um investimento. Nem sempre a equipe tomará a melhor decisão de primeira, mas o aprendizado fará com que todos os envolvidos se tornem mais resilientes, engajados e empoderados. Neste caminho, todos ganham.

Será que tenho criado oportunidades para que a equipe evolua neste sentido?

Quais são os meus medos ao delegar uma tarefa? Vale a reflexão!

Fabiana Mello é coach com formação pelo Escola de Coaches do Instituto EcoSocial, uma das melhores escolas de Coaches no Brasil. Membro da ICF (International Coaching Federation). Licenciada por Happy Melly para facilitação de treinamentos em Management 3.0. Graduada em Processamento de Dados pela FATEC, MBA em eBusiness pela FGV e Ohio University, Pós-MBA em Empreendedorismo e Inovação com extensão em Stanford e é mestre em Engenharia de Software pelo IPT – USP.
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