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Coaching: estimulando o desenvolvimento pessoal para atingir objetivos coletivos

Muitos enxergam o Coaching como algo que visa apenas o desenvolvimento individual no alcance de objetivos. O trabalho de um Coach visa dar o suporte necessário para que o Coachee seja protagonista e não individualista em seu ambiente de trabalho.

O Coaching é uma atividade que ganhou fama em virtude de muitas empresas passarem a recorrer a esta metodologia para treinar e orientar determinado funcionário de forma que este se adapte a novas funções e atinja metas em uma organização. Talvez por isso muitos acabam enxergando o Coaching como algo que visa o desenvolvimento individual, que prioriza alcançar objetivos próprios.

Ao meu ver esta é uma análise superficial e equivocada. Em inglês, a palavra “Coach” significa “técnico”, cuja missão é treinar e liderar uma equipe rumo a um só objetivo, mas também pode ser entendida como “carruagem”, que em um processo de desenvolvimento tem a missão de levar o cliente do ponto A para o B.  O trabalho realizado por um Coach visa dar o suporte necessário ao Coachee (cliente) para que este seja protagonista, e não individualista em seu ambiente de trabalho. A partir desse protagonismo, espera-se que o Coachee desenvolva suas habilidades em conduzir uma equipe, de forma a evoluir o coletivo dentro da companhia.

Dizer que promover o desenvolvimento pessoal não é uma questão importante na atividade do Coach seria hipocrisia. No entanto, isso não significa que o Coaching privilegia o individualismo em detrimento do coletivo. Em nossas vidas, para conseguirmos convencer alguém de algo e fazê-lo defender determinado ideal, primeiramente é preciso que nós mesmos acreditemos naquilo que estamos passando adiante. O Coach funciona da mesma forma: se o Coachee não for bem apoiado e não compreender o verdadeiro propósito das metas que ele enquanto líder precisa atingir, ele jamais conseguirá fazer com que sua equipe lute pelos mesmos objetivos. Em qualquer projeto, seja pessoal ou profissional, primeiro precisamos desenvolver a nós mesmos para, então, transmitir os conhecimentos adquiridos ao próximo.

Todo esse esforço realizado de modo a educar o mercado para o que de fato é e faz o Coach não teria sentido se não houvessem análises rigorosas que garantissem a qualidade e a credibilidade dos serviços prestados. Quando se procura pelos serviços de um Coach é preciso levar em consideração diversos fatores que poderão garantir que seu dinheiro seja bem investido. Essa análise é composta por uma primeira etapa que investiga os seguintes pontos:

  1. O profissional possui alguma formação em escola de Coach? Se sim, trata-se de uma instituição séria, com reconhecimento internacional?
  2. Este profissional detém alguma credencial emitida por uma associação reguladora?
  3. Qual o nicho de mercado que o profissional tem preferência em trabalhar?
  4. Qual a experiência em organizações que esse profissional possui?
  5. Qual a formação acadêmica desse profissional?

Feita essa primeira análise, passamos para a segunda etapa de verificação da experiência do profissional em Coaching. Nela, é sempre necessário saber:

  1. Qual a metodologia usada pelo profissional em suas sessões?
  2. Quantas horas de prática comprovada em Coaching o profissional possui? Algumas associações, por exemplo, exigem um mínimo de 100 horas de prática remunerada como um dos pré-requisitos para conceder uma credencial básica para o Coach proponente.
  3. Qual a duração do curso de formação em Coach realizado? Este curso possui certificação de alguma associação?
  4. A associação que emitiu o certificado a este profissional possui um código de ética de padrão internacional e exige que os profissionais sigam este código?
  5. O Coach possui outra atividade remunerada que não seja o próprio Coaching?

Diante do cenário apontado sobre o conceito do Coaching e os fatores que devem ser analisados ao se escolher um profissional da área, vale reforçar dois pontos: a função do Coach não é tornar o cliente dependente de seus serviços, mas sim criar um método para despertar suas competências e aptidões de forma a alcançar os objetivos desejados; o Coaching não é, em hipótese alguma, um processo de autoajuda.

E você caro leitor o que pensa a respeito?

João Luiz Pasqual tem mais de 40 anos de experiência profissional. Coach Executivo e de grupos. Foi por mais de 30 anos, executivo do mercado financeiro tendo ocupado posições de Diretor Executivo em diversos bancos (Sudameris, Banco Real, Unibanco, ABN AMRO e Santander), viveu na Europa por 8 anos e viajou para mais de 30 países. É conselheiro de empresas pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa e foi Presidente da ICF no Brasil durante o exercício 2015/2018. É coach ICF – International Coaching Federation com a credencial Master Certified Coach (MCC), Mentor Coach pela inviteChange-USA e Accredited Coach Supervisor pela CSA – Coaching Supervision Academy – Londres. MBA pela FIA-USP e Mestrado em Consulting and Coaching for Change pelo INSEAD-Fontainebleau na França.
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