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Caixinha de Leite – Eu?

Sabe quando vamos ao supermercado e vemos as caixinhas de leite nas prateleiras? Têm embalagens diferentes, com cores diferentes mas é tudo leite. Vivemos uma era de fases e, mesmo com grandes mudanças e um mundão de possibilidades, tudo parece ficar igual.

Gravei um vídeo para um grupo lindo da qual faço parte, onde precisava falar sobre o que tenho visto, me interessado nos últimos tempos e o que esperava para esse meu ano.

Resolvi transformar essa reflexão nesse texto aqui.

Tenho sentido que estamos vivendo uma era onde saímos de uma fase para entrar em outra e, mesmo tendo grandes mudanças, sinto como se saíssemos de uma caixinha para outra caixinha. Mesmo com um mundão de possibilidades.

Está parecendo que tudo está ficando igual. A mesmice dos assuntos, a chatice do politicamente correto.

Sabe quando vamos ao supermercado e vemos as caixinhas de leite nas prateleiras? Têm embalagens diferentes, com cores diferentes mas é tudo leite.

Fiz essa correlação para dizer que não precisamos nos encaixotar para ficar todos iguais.

Onde deixamos nossa espontaneidade? Onde está a nossa autenticidade?

Se quisermos ser quem de fato somos, nos reconectar com nossa essência, temos que sair dessa caixinha onde nos colocamos.

Pessoas saindo de uma empresa para empreender e se aprisionando em outro padrão?

Fico assistindo os vídeos na Internet e são poucos onde vejo as pessoas sendo genuinamente livres, sem se preocuparem em fazer “cara de conteúdo”, sem entrar em outro padrão pasteurizado.

Podemos ir perdendo o medo de ser quem somos, de parecer ridículos, de ficar preocupados com o que os outros vão pensar. Não temos o controle sobre os outros, mas podemos acessar nossa espontaneidade em ser quem de fato somos.

Fazer do nosso jeito, falar com as nossas palavras. Terão pessoas que não vão gostar do que tenho pra dizer, mas estou me colocando no mundo com aquilo que sou de fato. Isso é o que viemos fazer aqui.

Explorar nossa autenticidade, nos liberta das amarras que nosso ego nos impõe e que achamos que são os outros que nos obrigam a entrar em caixinhas e ficar igual a todo mundo numa prateleira de supermercado esperando que alguém compre mais do mesmo.

Isso tem me movido muito nos últimos dias. Tenho refletido se estou de fato imprimindo o que sou em meus projetos, nos textos que escrevo.

Sentir essa liberdade é um grande alivio.

Olhar para essa folha de papel e colocar de fato o que penso sem medo se terá alguém pra ler, mas pela liberdade de me expressar para o mundo.

Tenho a consciência de que só sendo livre, poderei contribuir com a liberdade do outro.

Só sendo o que sou, sem ficar escondendo minhas falhas, minha bobeiras, minhas fragilidades, poderei ajudar de fato. Estou resgatando onde posso ter escolhido colocar algumas amarras em mim. Amarras no meu corpo, na minha mente.

E então me veio uma voz muito forte me dizendo que minha alma é livre. Eu que escolho me encaixotar ou não.

Meu corpo está a serviço da minha alma. Minha mente está a serviço da minha alma.

Portanto, não escolho ser mais uma caixinha de leite na prateleira.

Claudia Vaciloto é Iniciadora e Sócia da Conexões Humanizadas, Psicóloga, Mentora Organizacional para Áreas e Executivos de RH, Facilitadora Certificada e Treinadora Oficial no Brasil do Jogo Miracle Choice, baseado no livro Um Curso em Milagres, Facilitadora de Pintura Espontânea baseada na Teoria Point Zero (Esalen Institute Big Sur California) e Imagens Fotográficas para atendimentos terapêuticos (Sedes Sapientes). Fez carreira em RH passando por empresas como Accenture, EDS, VR, Ability Trade Marketing, onde atuou como Diretora de RH pelos últimos 10 anos. Faz treinamentos e vivências comportamentais para empresas e grupos e atendimentos individuais. Formada em Executive and Life Coaching pelo ICI – Integrated Coaching Institute, assina a Coluna Reflexões e Provocações para Revista Cloud Coaching. Coidealizadora da Plataforma GameYou, que oferece experiências de desenvolvimento através de jogos.
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