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A diferença está nas pessoas!

O mau atendimento é fruto do trabalho feito com falta de paixão e não alinhado com o restante da organização. Falta paixão pelo que fazem porque desconhecem seu papel e sua importância na cadeia de valor.

No quesito facilidade para compras em supermercados sou um sujeito afortunado. Tenho a opção de dois hipermercados e um supermercado próximos de minha casa, porém sempre a minha escolha é pela loja menor, apesar de um pouco mais distante, pois me sinto bem nesta loja.

O custo dos produtos é equivalente, mas a diferença está nas pessoas. Os que ali trabalham não fazem apenas o check out ou arrumam as mercadorias nas gôndolas, fazem com que eu me sinta amigo de todos. O atendimento é recheado de pequenas ações que fazem a diferença.

As redes das outras duas lojas investem maciçamente em programas de treinamento e desenvolvimento de seus profissionais, organizam seminários com palestras motivacionais buscando a excelência no atendimento ao cliente, mas na prática é facilmente observado que o objetivo não é alcançado, isto porque os treinamentos e seminários não têm o foco que deveriam.

Parece que não sabem identificar seus próprios negócios, pois seus gerentes nunca me responderam com firmeza a pergunta: Qual é o seu negócio?

Se analisassem um pouco mais esta pergunta veriam que a sua operação não é apenas vender produtos a um preço competitivo com margens suficientes de lucro para atender às necessidades dos acionistas.

Sob o ponto de vista do cliente o supermercado tem outra função e é isso que deve ser discutido. A questão da qualidade no atendimento e o comportamento de seus funcionários é algo que não pode ser perdido de vista.

O mau atendimento é fruto do trabalho feito com falta de paixão e não alinhado com o restante da organização.

Falta paixão pelo que fazem porque normalmente desconhecem seu papel e sua importância na cadeia de valor do negócio, não entendem que cada funcionário tem a responsabilidade de representar e bem a sua empresa, com poder de decisão para solucionar pequenos problemas que afetem o cliente e sempre em benefício dele.

Não estão alinhados com a organização, pois por um processo semelhante a um círculo vicioso, não atuam de forma proativa, pois são quase que proibidos de terem pensamento próprio. São treinados para fazer tudo certo, o que não basta, pois o que precisam é fazer as coisas certas no momento certo da forma certa.

Uma vez uma gerente disse que havia reformulado a operação e que agora a “empresa funcionava como um relógio”. Acho que até hoje ela não entendeu a minha pergunta:

– E o que você está fazendo para mudar esta situação?

Como se fossem seres vivos, as organizações são dinâmicas e devem se amoldar às circunstancias de momento, e todos devem estar preparados para isso.

Não adianta fazer como o relógio, que tem sempre o mesmo ritmo enfadonho; é necessário que cada colaborador faça pulsar nos relacionamentos com o cliente a alegria de estar servindo aquela pessoa, porque ela é muito especial. Isto não se aprende com palestras motivacionais ou seminários, mas com um amplo programa de mentoria com algumas ações de Coaching que antes de tudo deve buscar o comprometimento de todos com a visão e a missão da organização.

Cleyson Dellcorso tem formação em engenharia e filosofia e suas atividades estão relacionadas ao Coaching Profissional e Pessoal, além de atuar com Coaching de Casais. Seus atendimentos têm embasamento em uma metodologia própria com fundamentação filosófico / dialógico. Possui MBA pela UCLA (EUA), com foco em gestão de pessoas, é especialista em liderança pelo Haggai Advanced Leadership Institute (Singapura) e instrutor do mesmo instituto. É professor de liderança e motivação no curso de pós-graduação em gestão de projetos (PMI) do Instituto Brasileiro de Tecnologia Avançada do grupo IBMEC. Atua como Coach desde 2003 e foi um dos primeiros a se especializar no atendimento a Gerentes de Projetos. É diretor do INSTITUTO DE COACHING MAIÊUTICA desde 1999 e tem como área de interesse o estudo das Inteligências – Emocional e Espiritual. Cleyson Dellcorso é casado, tem três filhos e um neto e tem como hobbies – radioamadorismo, velejar e mergulhar.
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